O perigo tem poucas palavras.
Ele usa do silêncio traiçoeiro, dos olhares malvados, dos gestos furtivos e
chega sem avisar. Quando usa de palavras é para mentir. Quando usa da linguagem
corporal silenciosa, ele se estabelece nas rugas da face, nos movimentos
rápidos de mãos, no piscar de olhos e na contração dos sentimentos. O perigo é
fruto de um distúrbio mental camuflado, tendo caráter imprevisível aos
passantes. O perigo é um grito agressivo de alguma interpretação distorcida
sobre injustiças ou sobre o direito de ser oportunista em nome do egoísmo. O
perigo é o fluxo das correntezas do descuido. Ele tenta se justificar em
acusações. Ele demora e não desiste nunca de alcançar suas presas.
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