terça-feira, 5 de agosto de 2025

O PERIGO

 

O perigo tem poucas palavras. Ele usa do silêncio traiçoeiro, dos olhares malvados, dos gestos furtivos e chega sem avisar. Quando usa de palavras é para mentir. Quando usa da linguagem corporal silenciosa, ele se estabelece nas rugas da face, nos movimentos rápidos de mãos, no piscar de olhos e na contração dos sentimentos. O perigo é fruto de um distúrbio mental camuflado, tendo caráter imprevisível aos passantes. O perigo é um grito agressivo de alguma interpretação distorcida sobre injustiças ou sobre o direito de ser oportunista em nome do egoísmo. O perigo é o fluxo das correntezas do descuido. Ele tenta se justificar em acusações. Ele demora e não desiste nunca de alcançar suas presas.

 


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