Hoje acordei e tive uma
surpresa maravilhosa. Tomei conhecimento, pela primeira vez, de que temos uma
poetisa viva, brasileira e mineira, com o naipe de Clarice Lispector.
Misteriosa, culta, isolada e resistente, pedra preciosa e nuvem inalcançável ao
consumismo literário, assim tem sido sua vida no Rio de Janeiro. Preservada por
algum motivo secreto, sua foto mais antiga de juventude demonstrava uma face
deprimida e triste, a destilar sentimentos e depurar experiências no
laboratório da alma. Hoje, no podium de seus 85 anos de idade, a notícia da
primeira publicação de seus 3 livros poéticos acordou o mundo como o cântico de
dez mil pássaros felizes. Chama-se Maria do Carmo Ferreira. Bateu em mim uma
dose de desespero para encontrar, comprar e devorar sua poesia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário