sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

MINERAÇÃO POÉTICA

 

Hoje acordei e tive uma surpresa maravilhosa. Tomei conhecimento, pela primeira vez, de que temos uma poetisa viva, brasileira e mineira, com o naipe de Clarice Lispector. Misteriosa, culta, isolada e resistente, pedra preciosa e nuvem inalcançável ao consumismo literário, assim tem sido sua vida no Rio de Janeiro. Preservada por algum motivo secreto, sua foto mais antiga de juventude demonstrava uma face deprimida e triste, a destilar sentimentos e depurar experiências no laboratório da alma. Hoje, no podium de seus 85 anos de idade, a notícia da primeira publicação de seus 3 livros poéticos acordou o mundo como o cântico de dez mil pássaros felizes. Chama-se Maria do Carmo Ferreira. Bateu em mim uma dose de desespero para encontrar, comprar e devorar sua poesia.


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