A mão vê onde o olho não
chega. O nariz entra onde o olho dormiu. O som comparece onde o olho perdeu o
rumo. Dos cinco sentidos, o olhar é o que menos capta a intensidade da vida,
pois para ele tudo é objetivo, ficando fora de todas as outras subjetividades.
Para muitas pessoas a subjetividade é a ilusão, a fantasia, o inexistente ou o
nada. No entanto, não existe vida sem subjetividade, sem o desconhecido, o
mistério, o inalcançável. Não existe vida sem o abstrato dos pensamentos e da
emoção. Não existe vida sem as frequências da cor e do som. Não existe alimento
sem a subjetividade de suas essências. Tem mais vida na subjetividade do que na
matéria.
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