A vida me pediu um tempo para que ela
aconteça. Fiquei na espera, na esquina, e tudo não passou de um segundo.
Percebi que ela é serenamente imperceptível. Ela está fora da espera, da
expectativa, da medida de futuro. Ela está dentro do infinito, do eterno, do
imensurável. A vida é uma folha branca de papel, sem pressa de ser escrita,
apenas é. Pensei que o tempo fosse algo possível, mais que um conceito, mais
que algo abstrato; errei. O tempo não faz parte da vida, faz parte da mente. A
vida se basta. Enquanto eu ouvia uma canção do barroco francês, percebi que a
vida se fazia presente nela e em mim.
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