sábado, 20 de janeiro de 2024

ALÔ, ALÔ MARCIANOIS (4)

 

Quando ele destruiu a máquina de escrever, nem os poetas se deram conta do mal que fazia para a poesia nascer livre na mente das pessoas belas. O ChatGPT nos instigou a consumir diálogos formais e sem sentimentos. Dou-lhe uma tarefa de texto, ele a completa para mim e faz de mim um mentiroso, um farsante, um impostor, onde posso fazer bonito com o chapéu dos outros, sem me dar conta de que estou sendo anulado no ato mais sublime da criação. A inércia se apodera de nós, pois podemos contar com as máquinas que um dia nos substituirão naturalmente nos postos de trabalho. O celular é apenas o início desta revolução digital de Orwell.


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