Hoje eu quero abraçar minha solidão e dizer a ela que ainda habito este corpo e dele tomarei conta com carinho, gentileza, amorosidade e ternura. Hoje eu quero abraçar minha rejeição e mostrar a ela que eu ainda me aceito como sou, um ser único, raro, precioso, arquitetado pelos deuses e reservado para quem me merecer. Hoje eu quero abraçar meus medos e dizer a eles o quanto sou criativo, imaginativo, criador mirabolante de estórias fantásticas, mas sem vida real, onde os leões são de papel crepom. Hoje eu quero abraçar a minha raiva e dizer a ela que tudo não passa de expectativa que não deu certo, não passa de lixo emocional que não merece morar comigo, não vale o ar que respiro. Hoje eu quero abraçar a minha culpa e dizer a ela que a perdoarei pois os benefícios serão meus, e ninguém é perfeito, se pisei na maionese já lavei os meus pés para continuar seguindo. Hoje eu quero abraçar o que ficou, o que restou, o que é pele tatuada de destino, o que foi escrito nas estrelas e veio morar no meu céu. Hoje eu me abraço, mesmo sem entender nada.
autor : Benedito José
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