Entre reis e plebeus,
empregadores e empregados, ricos e pobres, gênios e imbecis, exploradores e
explorados, permanece a realidade inegável da dualidade, como forma de
expressão da diversidade existente em nossa espécie. Vemos o mundo da maneira
mais míope possível, nós e os outros, nós contra os outros, nós sem os outros.
Entre nós existem os que querem paz, mas também existem os que querem guerra,
os que querem amor e os que querem violência, os que querem acumular riqueza
material e os que abrem mão dela, os que pensam por si e os que se deixam
dominar por pensamentos rígidos de outras pessoas. Nossa miopia faz parte da
dualidade e a sustenta, quando nossos dois olhos – o da razão e o da emoção –
olham simultaneamente para dois extremos do infinito. Como se pode notar, cada
dualidade gera mais dualidades. Há muito mais para se ver do que os olhos
físicos possam alcançar, mas somente acima ou fora da dualidade, no espaço onde
não há o conceito de “outros”.
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