As vezes é preciso
descobrir que alguém mais está vivenciando a mesma dor que nos acomete. Pode
ser uma dor física, emocional ou existencial, não importa, mas conta o fato de
não sermos o único sofredor, diminui a sensação de injustiça, nos consola saber
que não estamos sozinhos naquele calvário. Faz-nos mais fortes a ponto de
querermos comparar nossas forças de superação. Gostamos de bengalas, de apoio,
de mimo, de compaixão dos outros sobre nossas limitações como se nos
alimentássemos da força deles. Assim que cumprem a função silenciosa, voltamos
a ter juízo e desejamos que ninguém mais sofra o que sofremos. É assim que
puxamos o fio do novelo da esperança e nele tecemos uma manta para aquecer
nossa estima. Parece estranho, mas é assim que muitos de nós fazemos e não
assumimos.
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