sexta-feira, 25 de março de 2016

ÓDIO NAS RUAS (1)


Hoje li o comentário de um amigo querido sobre haver muito ódio nas ruas brasileiras. Parei para pensar quando foi que tudo isso começou. Penso que foi por uma boa causa, a busca da tal da justiça social, mas de boas intenções o inferno anda cheio. Não existe nada de errado em dividir o bolo, em dar assistência aos mais necessitados, em incluir os excluídos, desde que estas mudanças venham acompanhadas de educação e conscientização.

Em algum momento o caminho certo foi contaminado por ideias erradas de divisão, de luta de classes, de “nós contra eles”, de confrontos e invasões, de dossiês e acusações falsos, exercitando o comando “tomar de quem tem”. O resultado é o ódio atual, subproduto da politização sem educação e sem conscientização, onde se toma o dinheiro público para uso pessoal, se toma o poder da república para transformá-lo sem autorização pública em modelos radicais de esquerda, se toma do povo a esperança de um futuro inteligente, se tomam os valores humanos por cartilhas invasoras de agressões contra o próprio povo brasileiro, se toma a soberania de uma Nação, se tomam vidas inocentes pela violência urbana, se tomam os veículos midiáticos pela manipulação de informação, se toma a produção de riquezas através da criação de mais impostos e desvios financeiros, se toma o símbolo nacional que representa nossa unidade por gestos que rasgam o tecido social. Nenhum país do planeta que seguiu por este caminho está bem na fita. A liberdade só é valorizada depois que se a perde. Se alguém pensa que dividindo, tocando fogo, invadindo, matando, se constrói algo melhor, está redonda e doentiamente divorciado do amor.


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