Certo dia minha irmã me
chamou para matar um rato no banheiro e me ofereceu uma vassoura como se fosse
um fuzil. Bastou eu olhar para os olhinhos assustados daquela criatura e me
lembrei de um ratinho simpático da minha infância chamado Topo Gigio. Foi o
suficiente para eu tratar a criaturinha como se fosse celebridade. Não tive
coragem nem necessidade de matá-lo, apenas lhe mostrei o caminho da rua e ele
se foi com o coração na boca, provavelmente sem entender nada como a minha irmã
também. Alguns minutos depois lá estava eu recordando os sucessos musicais de
Rita Pavone na minha infância, uma cantora italiana com cara de menina que se
vestia apenas com macacões de suspensórios masculinos. Foi uma tarde
atipicamente italiana.
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