Há todos os tipos de fala em todas as falas. Tem
aquele que fala a verdade dele como se fosse dos outros ou a verdade dos outros
como se fosse a dele. Tem aquele que adora falar inverdades por não saber se
calar ou para impressionar quem ele considera estúpido. Tem aquele que inventa
assuntos, notícias falsas, passado inexistente, recordes nunca batidos, causos
de pescador quem nem pescador ouviu. Tem aqueles que falam diferente do que
pensam em busca de nova argumentação. Alguns falam mesmo com dúvidas na esperança
de serem corrigidos, mas há os incorrigíveis duvidosos. Há os que falam
diretamente, com assertividade, olhando nos olhos do outro, sem medo das
reações, sabedor do que disse. Há os que rodeiam, floreiam, dão mil voltas,
antes de falar o que poderia ter sido dito com quatro palavras. Tem aqueles que
dizem uma coisa sem se darem conta de que o corpo deles está denunciando outra
mensagem. Tem aqueles que falam de práticas e ignoram as teorias bem como os
que falam teoricamente por não terem a prática. Em todas as falas a língua se
enrola prá lá e prá cá. Patati patatá.
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