Quando eu me precipito nas conversas e nas interações,
eu me lanço num precipício de dúvidas sujeito à chuvas e trovoadas. Quando eu
me precipito, eu deixo de acessar meus recursos de lucidez e percorro caminhos
arriscados de interpretação. Quando eu me precipito, abandono minha integridade
interior e coloco-me nas mãos de um posicionamento conflituoso. Quando eu me
precipito, julgo com mais intensidade e cometo mais injustiças com os outros e
comigo mesmo. Quando eu me precipito, chego adiantado e desvio a frequência
buscada ao atrair outros eventos e conversas e pessoas que não estavam nos
planos. Quando eu me precipito, quebro a conexão com o outro causando-lhes
inibição e diminuindo a simpatia de minha imagem. Precipitar é machucar-se de
alguma maneira.
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