As pessoas tem mania de quantificar tudo, até o que
não pode nem deveria ser quantificado, como ferramenta de interpretação da
realidade. Nada errado com isso. O que não pode é parar a interpretação total
contando apenas com este aspecto de informação ou coleta de dados.
Por trás dos números tem sempre uma ação orquestrada
intencionalmente para alcançar um objetivo, tem sempre a vontade de conseguir
apoio ou estabelecer regras de convivência aceitável, tem sempre a escolha em
tornar os outros conscientes de algo ou inconscientes, uma vez que números
podem ser distorcidos com facilidade. Estas escolhas pessoais determinam a
forma de ação que será usada para envolver as pessoas.
Todo número esconde os seus enigmas, já que ele em si
é também um símbolo como as palavras o são. O enigma se forma a partir do
momento em que a pessoa esconde as próprias emoções provocadas por aquela ação
ou pela própria motivação. Cada emoção clara demonstra os valores positivos
defendidos por ela e cada emoção escondida esconde os valores negativos ou
inaceitáveis que a pessoa insiste em nutrir dentro de si. Aqui se define a
linha da corrupção e a linha da honestidade, a linha do discernimento e a linha
da ignorância, a linha da paixão e a linha do fanatismo. Números são sempre
enigmáticos.
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