O tempo não para porque ele não existe e se parasse
ele seria quantificado apenas teoricamente como segundos, horas, etc. O tempo
não passa porque não existe e se existisse ele passaria de forma também
mensurável. Você não tem tempo porque ele não existe e se existisse você o
acumularia, com poderes de acrescentá-lo ou diminuí-lo na linha da percepção. O
tempo não pode ser dado nem doado porque não nos pertence. O tempo nada cura porque ele passa e
envelhece causando deterioração física ou emocional. O tempo não existe porque
é apenas um mecanismo criado pela mente para se situar e se perceber, voltando
a ser mecanismo de percepção provisória de algo que chamamos vida. O tempo é um
anzol que nos pesca nas águas da ilusão e nos engana sobre o quanto podemos
nadar neste espaço infinito, mas visivelmente percebido como limitado. Ele é uma construção humana. Quando
abrimos mão do tempo, tiramos o véu da ilusão e do sofrimento e repousamos na
grandeza do instante. Quem passa é a ilusão. Só existe o momento presente.
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