Como posso pensar o que não quero pensar,
fazer o que não quero fazer, sentir o que não quero permitir, matar o momento
presente em troca de algo que já se foi para sempre, arrepender-me de ter feito
algo delicioso, mentir sabendo, defender o indefensável, justificar minhas
atitudes erradas ou acreditar no que não tem fundamento lógico, se ainda não
aprendi na vida o que seja congruência e autenticidade? Como posso ser eu
mesmo, se desde a primeira infância me foi dito o que fazer, como agir, no que
acreditar e em quem eu deveria me espelhar para ser aceito, incorporando
programas familiares e sociais e vestindo máscaras de personalidades negociadas?
A última pergunta que nunca se cala: quem somos nós e para quem o somos?
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