Uma vida sem
espiritualidade é um corpo sem pernas, um filho sem colo, uma casa sem
telhados. Na hora das perdas inevitáveis, não há ombros para se encostar, não
há lógica para se explicar, não há remédios para cicatrizar. Na hora da
tristeza palpável, não há cama para se deitar, não há sol para ter clareza, não
há mala para viajar outros horizontes. Na hora da culpa que atormenta, não há
mãe para aliviar, não há lugar para onde correr, não há lei para aplicar. Na
hora dos medos paralisantes, não há pés para caminhar, não há destino para
seguir, não há mapas para orientar. Uma vida sem espiritualidade é pau seco sem
função, graveto de ideias lançadas ao chão, poeira nos olhos da alma. Uma vida
sem espiritualidade é ingresso para o inferno interior, é mergulho no abismo do
vazio interminável, é chuva de insignificância pessoal. Negar o próprio
Espírito que o habita e move é autoimolação.
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