Como olhar para nossa
Mãezinha, a primeira vez após o parto, sem saber a dimensão de seu amor por
nós? Como olhar para nossa Mãe quando a gente ainda se sente uma só pessoa com
ela? Como não olhar para nossa Mãe sorridente, ao andarmos sozinhos pela primeira
vez sem os braços dela? Como olhar para nossa Mãe quando a desobedecemos,
sabendo estar fazendo algo errado? Como olhar para nossa Mãe quando a
adolescência nos desmonta por dentro e dela queremos nos afastar? Como olhar
para ela, ao entrarmos na Igreja, na cerimônia de nosso casamento? Como olhar
para nossa Mãe quando lhe mostramos orgulhosos o neto que acaba de chegar em
sua vida? Como olhar para ela quando construímos “a minha família” e dela nos
distanciamos pelo peso das obrigações?
Como olhar para nossa Mãe quando ela começa a interferir em nosso
casamento? Como olhar para nossa Mãe quando nos esquecemos de tudo o que ela
fez por nós? Como olhar para nossa Mãezinha idosa, vulnerável e adoentada, a
nos pedir proteção? Como olhar para nossa Mãe quando ela se vai para sempre,
levando para o céu um pedaço enorme de nosso Ser despedaçado? Como não olhar
para nossa Mãe, no dia das Mães, com os olhos do coração?
domingo, 14 de maio de 2023
OLHARES E MÃES
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