Em toda ruptura, o que tem
base fica, o que teve constância e comprometimento aliados às paixões e ao amor
vai resistir aos tombos. O que vai cair ou se dissolver serão as respostas
diferentes aos estímulos externos que se apresentarem chamando sua atenção, já
que a atenção consome muita energia psíquica. Sem tanto foco os estímulos
perdem a força, com certa obsessão eles ganham força suficiente para romper
estruturas. Daí vem todo o poder das narrativas pessoais, das estórias que
falsamente geram crenças voláteis, da necessidade de se dramatizar os eventos
para benefício próprio. Sendo assim, toda ruptura é um grito do ego exigindo
ser visto e atendido, custe o que custar. Toda ruptura é apoiada na
credibilidade que se dá a certas interpretações, errôneas ou não. Toda ruptura, dupla ou coletiva, é um salto no escuro da própria escuridão.
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