Ao tomar conhecimento de
que atualmente 60% da população da Síria possui menos de 14 anos de idade,
fiquei pensando nas implicações de se viver numa sociedade destruída por
guerras e por influências religiosas estrangeiras. O erro do ocidente e da NATO
em apoiar um presidente sírio que não mais representa sua população, aumenta a
fragmentação e destruição de toda uma nação que, para sobreviver entre os
escombros, prefere deixar seu país numa aventura migratória de vida ou de
morte. Crianças sem pais se tornam vulneráveis a todo tipo de abuso e de
cooptação guerrilheira ou terrorista. Crianças sem famílias aprendem sob a
égide da fome e do medo que viver é muito perigoso e precisam matar se
necessário for para sobreviverem. Traumas definitivos estão sendo registrados nas vítimas que um
dia poderão se tornar perpetuadores da violência social, política e religiosa.
Há que se olhar para a Síria com olhos de família humana, enquanto ela evapora
diante do mundo omisso.
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