Outono lá fora é outono
aqui dentro. Assim como a natureza se despe dos excessos, prenunciando tempos
escassos e poupando energia e recursos para o futuro, assim também nós
acumulamos recursos de formas ambiciosa, gananciosa e egoista, temerosos de perder
o que possuimos e de não ter amanhã o que necessitaremos ou acreditamos
precisar. É um ciclo de garantias no abastecimento energético e de cobranças
nos relacionamentos. A gente corre atrás do prejuizo, mete-se em novas dívidas,
cobra nossos devedores, compra mais do que precisa e muda prioridades. A
mudança se manifesta como esperança e como garantia de futuro de forma natural, pois somos preservacionistas. No outono nós buscamos a matéria com afinco e demarcamos nosso território com
garras afiadas.
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