sexta-feira, 11 de setembro de 2015

TENSOR FAMILIAR (2)


Nós não somos uma pessoa independente e isolada do mundo. Somos o tensor energético de uma família com vários elementos de gerações diferentes transferindo aos filhos e netos suas percepções emocionais e conceituais da vida. Somos o resultado da mistura de várias personalidades, vários eventos, vários segredos, várias culturas, várias experiências e percepções destas experiências, enfim, somos a consequência das escolhas feitas por nossos ancestrais.
Até que nos libertemos desta trama estaremos sofrendo ao carregar o peso das escolhas deles. A questão agora é nos perguntarmos se podemos realmente nos libertar disso tudo ou se estamos cumprindo um papel pré-definido nesta mesma estrutura familiar.
Como estrutura, toda família tem seu espaço e suas funções para se preservar como tal. Os laços familiares são construídos de silêncio e de revelações, como se cada membro tivesse uma função específica para dar continuidade ao que não foi resolvido nem curado. O que foi revelado terá suas consequências provocando a emergência de novas interações e novas posturas. O que foi guardado como segredo terá suas consequências psíquicas nas gerações posteriores. O que for curado em um elemento terá consequências positivas em todo o grupo familiar.
Cada pessoa nasce no espaço definido de uma função e se torna catalisadora de experiências similares para possibilitar a cura. Não vivemos para nós, vivemos para o todo. O movimento energético de toda estrutura familiar é buscar a cura onde quer que ela esteja. Cabe a cada elemento identificar sua própria função e o tipo de cura de seus familiares, podendo ser autonomia, amor, iniciativa, responsabilidade, segurança, perdão, consciência, transparência, liberdade, união, etc.



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