Nós não somos uma pessoa
independente e isolada do mundo. Somos o tensor energético de uma família com
vários elementos de gerações diferentes transferindo aos filhos e netos suas
percepções emocionais e conceituais da vida. Somos o resultado da mistura de
várias personalidades, vários eventos, vários segredos, várias culturas, várias
experiências e percepções destas experiências, enfim, somos a consequência das
escolhas feitas por nossos ancestrais.
Até que nos libertemos
desta trama estaremos sofrendo ao carregar o peso das escolhas deles. A questão
agora é nos perguntarmos se podemos realmente nos libertar disso tudo ou se
estamos cumprindo um papel pré-definido nesta mesma estrutura familiar.
Como estrutura, toda
família tem seu espaço e suas funções para se preservar como tal. Os laços
familiares são construídos de silêncio e de revelações, como se cada membro
tivesse uma função específica para dar continuidade ao que não foi resolvido
nem curado. O que foi revelado terá suas consequências provocando a emergência
de novas interações e novas posturas. O que foi guardado como segredo terá suas
consequências psíquicas nas gerações posteriores. O que for curado em um
elemento terá consequências positivas em todo o grupo familiar.
Cada pessoa nasce no
espaço definido de uma função e se torna catalisadora de experiências similares
para possibilitar a cura. Não vivemos para nós, vivemos para o todo. O
movimento energético de toda estrutura familiar é buscar a cura onde quer que
ela esteja. Cabe a cada elemento identificar sua própria função e o tipo de
cura de seus familiares, podendo ser autonomia, amor, iniciativa,
responsabilidade, segurança, perdão, consciência, transparência, liberdade,
união, etc.
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