Uma coisa que nos impede
de conhecer bem uma pessoa é o fato de termos uma ideia antecipada,
pré-estabelecida, condicionada, imaginada dela. Nós nos relacionamos com este
ideal de pessoa e quando ela se choca com o que ela verdadeiramente é, a gente
se decepciona conosco achando que é com ela. Cada pessoa não existe como
pessoa, mas sim como função, por isso quando alguém morre na família, logo
alguém assume a função dela. Quando uma pessoa para de atender as nossas
exigências, ela perde sua função em nossa vida e pedimos a separação. As
pessoas que chegam e ficam em nossa vida, chegam como função para aquela fase
ou para um tempo maior, dependendo da grandeza da função preenchida. A função
que as pessoas preenchem em nossa estrutura já estava determinada antes da
chegada delas.
Cada coisa ou objeto
também apresenta sua função até que não seja mais conveniente a quem os
utilizou. A coisa não é a função dela. O carro que você comprou tem a função de
levar você ao trabalho e às compras, precisa ser econômico e ter porta-malas
grande ou proporcional ao tamanho da família. Se você se divorcia, seu carro
perde aquela função e precisa ser trocado por outro que atenda às suas novas
exigências, cumprindo novas funções. O prédio da escola onde você estudou não é
a função de educar. Se a escola se mudar, o prédio muda de função. Somos nós
que determinamos a função para os objetos.
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