terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

A TUA PALAVRA


Quando sai da mente, a tua palavra é vento que tira as coisas do lugar para exigir passagem, sem considerar que tudo passa e fica o estrago irreparável. Da boca surgem ideias halitosas que julgam e condenam o diferente e o melhor, distorcendo realidades em nome da vantagem própria. A tua palavra tem  cheiro de monstro, cor de apocalipse, força de redemoinho quando a mente vomita suas raivas.

Quando sai do coração, a tua palavra é sopro de vida que aquece a carência de alguém, é brisa que repousa a solidão cansada de quem quer ser especial, é murmúrio de revelações sublimes. A tua palavra é conforto e confirmação, é lógica e esperança, é pausa na lida acelerada dos compromissos, se proferida pelo coração. Ali se derrama o amor em melaço divinal.


A porta do coração, quando aberta, faz as pessoas pensarem que você se alimenta de flores e arcos-iris.

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