O assassino solta o fogo do ódio, do medo, do ciúme,
da ignorância ou da adrenalina, na explosão do gatilho que dispara a bala. O
fogo está presente. O sangue escorre pelo corpo vitimado, a seiva líquida, a
água da constituição corporal de 70% se esvai. A água está presente. O
assassino atola-se na lama da vergonha, do pecado, da violência desnecessária,
da baixeza desumana, da eliminação de infinitas possibilidades daquele Ser que
se foi. A terra está presente. A atmosfera interior fica pesada, o sentido da
vida lhe foi arrancado diante da banalização da violência, tornando-se um
desalmado, pronto para novos arroubos de agressão, restando um vazio de
humanidade no tensor aéreo e invisível de quem matou. O ar está presente.
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