Ao sair da referência do
self como corpo, gera-se um vazio interminável quando tudo lhe parece ser
retirado, até a esperança. Por ser um processo espiritual, a energia disponível
investiga constantemente a ausência de Deus no mundo exterior, porém sem perder
a fé, jamais. Fé vira sintoma de teimosia, inconformismo, motivo único de
respirar. Após a purificação dos sentidos e os questionamentos espirituais, a
pessoa se vê como Espirito errante, pecador, perdido ou desorientado
existencialmente, uma mente espiritual presa aos acontecimentos externos e
assustada com sua exclusão deles. Conversa-se muito consigo mesmo nesta fase. Aqui
existe um perigo, o de teimar nas próprias crenças do ego e sucumbir em
desequilíbrios mentais. Pouco a pouco percebe-se a falta de alicerce na fé
expressa até então. Vivia-se um relacionamento de barganha com Deus, um toma lá
dá cá, uma imaturidade espiritual de se ver como centro do universo e no
direito inalienável de ter um Deus imediatista e pronto a lhe servir no
primeiro grito de socorro.
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