No eclipse de ontem a Lua
estava proeminente e o Sol estava preeminente. Quando assumiu o protagonismo
das movimentações, a Lua mostrou-se empoderada como uma deusa. Distinta e sozinha,
ela roubou o brilho das estrelas da forma mais saliente que conseguiu, ou seja,
no silêncio da noite, mas aos olhos do mundo que a assistia em êxtase. Ela se
fez importante, acima do rei Sol, vivendo para si um momentum inquestionável,
de rara beleza, para comunicar seu noivado com ele. O Sol, porém, permaneceu
notável e respeitoso, sabedor do próprio brilho, mas se ocultou momentaneamente
por amor aos fluxos do Universo que o alimenta. Eles se abraçaram, se
envolveram com o manto da majestade sideral e retornaram felizes ao baile
celestial.
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