Se o outro é meu espelho,
eu me torno imediatamente naquilo que pensei sobre o outro. O julgamento sobre
o outro nasceu em minhas entranhas, brotou de minhas percepções e pensamentos,
transbordou meu corpo físico e foi lançado ao mundo sem pensar nas
consequências. Capaz de nomear atitudes e situações, segue em nós a
identificação com a realidade que cocriamos naquele instante de julgamento.
Alguém ao lado até nos avisa que estamos enganados, uns chegam a morder a
própria língua pela toxina das palavras, outros recebem um puxão de orelha da
alma com um vislumbre instantâneo de memória. As consequências do que eu disse
e fiz são de minha inteira responsabilidade, a isso chamamos de karma, algo que
nos acompanha eternamente como memória captada pelo Universo da Consciência. Há
que se cuidar melhor de nossas palavras.
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