A sociedade moderna, consumista e materialista, está sempre a nos cobrar para sermos felizes com o carro do ano, com o apartamento no condomínio fechado, com a casa na praia e com as viagens para o exterior, distorcendo a visão coletiva do que seja felicidade. Ninguém consegue defini-la, são muitos conceitos limitantes em cada tentativa de explicá-la, pois ser feliz é um estado complexo de simplicidade que ninguém procura. Há quem diga que a felicidade é utópica e inalcançável, exercendo o direito da negação; quem diga que ela seja algo impossível de se sentir, embora chegue perto da alegria. Os infelizes adoram esta abordagem, baseados na própria experiência de vida, numa visão reducionista de escassez. Se eu não fui feliz, então a felicidade não existe. Há quem a traduza bioquimicamente, são neurotransmissores de oxitocina e dopamina, gerados pelo cérebro sob certas condições controláveis, porém, algo para não ser levado a sério.
Nenhum comentário:
Postar um comentário