O Christo era espera,
eterna paciência alimentada por seu amor divino, em algum lugar do Universo,
pronto a ser sacrificado. O Christo era uma ovelha sem faca, era sangue sem
ritual, era verdade sem boca e sem audiência. Tudo estava planejado, ainda que
não consumado. A natureza seguia seus ciclos, seus personagens seguiam seus
destinos, os planetas continuavam suas viagens, mas o Christo permanecia em
gestação celestial, sempre pronto para o dia em que desceria até a Terra e se
faria homem. Sua consciência estava formada, os ensinamentos gravados em luz e
repassados aos profetas, o roteiro determinado pelas Alturas, os seus
assistentes já escolhidos para pescarem, juntos, todas as almas que pudessem,
em breve espaço de tempo. O Christo se fortalecia majestosamente nesta espera
sem relógio.
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