Parece
inacreditável, mas nós não nos relacionamos completamente com as pessoas a
nossa frente e sim com nossas projeções sobre elas. Não importa se amigos ou parceiros,
se relacionamento recente ou de longas datas, se opostos ou semelhantes aos
nossos olhos, sempre ganhará a projeção que delas fizermos. Seja para atender
nossas demandas afetivas, seja para autoafirmação, criamos desculpas para nos
justificar e agimos de uma forma diferente da que anunciamos ou prometemos aos
demais, diante da impossibilidade de nos conhecermos a fundo. Pode o tempo
passar décadas, pode a vida esfregar a realidade em nosso nariz, pode a mãe
querida nos alertar, não adianta, ainda assim projetamos. O outro é plataforma
de projeção, é espelho para atenuar as imperfeições da autoimagem, enquanto não
obtemos coragem de aceitar quem somos.
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