Ninguém pode alcançar
seu coração se você gesticula muito, fala demais, move-se incessantemente, muda
de assunto constantemente. O coração sabe bater seus ritmos, mas não se dá bem
com a velocidade dos pensamentos. O amor aprecia a calmaria, o mar de
afetividade, a brisa das tardes interiores com pinceladas radiantes do pôr de
sol. A velocidade promove os desencontros, as quedas, as interrupções de uma
estória de amor. Quanto mais lento for o olhar de alma, de “olhos nos olhos”,
mais profunda será a conexão. Talvez seja por este motivo que se define Deus
como Amor, na lentidão da infinitude, no silêncio aprazível e beatífico das
eras, na paz azul da eternidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário