PERTENCER

Pertencimento é uma experiência necessária ao nosso desenvolvimento psicossocial. Somos seres gregários, coletivos, precisamos uns dos outros para fazer o que devemos ou para perceber o que não devemos fazer, para nos completarem ou para ajudarmos. A humanidade criou países e fronteiras para proteger sua identidade étnica devido a esta necessidade de preservar raízes e costumes. Se nossa identidade étnica for forte, escreveremos uma história marcante e exemplar. Se ela for fraca, seremos dominados ou subjugados por outros povos. Se nossa identidade étnica for definida e cultuada, seremos seres livres e felizes, capazes de fortalecer os laços de pertencimento. A felicidade nunca alcança o isolamento.

FORMAS DE RIQUEZA

Há muitas formas da riqueza se manifestar em nossa vida, indo desde a parte monetária até ao aspecto espiritual. Se conseguirmos retirar o foco do lucro na produção de outras riquezas, veremos que a satisfação existe de formas imensurável e inesquecível quando se trata de recursos abstratos. Entre as formas, gostaria de mencionar a riqueza da amizade e dos bons relacionamentos. É importante demais, para nosso estar no mundo, a presença de relacionamentos livres de interesses pessoais, baseados na simpatia, no calor humano, na admiração mutua, no suporte em momentos difíceis da vida e na troca de experiência. Cada relacionamento contribui com seus dividendos, com seu olhar diferente sobre um desafio quando nele nos vemos limitados. Cada relacionamento nos oferece sua preciosidade e, ao mesmo tempo, permite que retribuamos com nossas  particularidades.

UM DIA

“Um dia a gente chega, no outro vai embora”, diz a canção na voz de Almir Sater. Nem sempre há um aviso para partidas definitivas. As partidas repentinas nos pegam de surpresa dentro do espaço emocional das vulnerabilidades, deixando em nós um vazio pré-existente e momentâneo de sentido. Ele é o indicativo de que já éramos vazios e vulneráveis, mas preenchemos este espaço com pessoas significantes.A vida é uma aventura individual, pautada por escolhas e imposições, dentro do território coletivo que funciona como espelho de tudo o que não conseguimos ver em nós mesmos. A morte é uma impostora, interruptora de ilusões, desmanchando nossos prazeres num passe de mágica indesejado. Quem vive de forma alinhada com seus princípios e talentos, é capaz de deixar mais pessoas com saudade e com a sensação de que a vida é curta e dura apenas um dia da eternidade. É justamente a eternidade que nos lembra da inutilidade das saudades.

GENTE

A gente precisa parar de achar que tudo do exterior é melhor do que em nosso país e que a casa e o carro do vizinho são mais bonitos do que os nossos. A gente precisa parar de fazer suposições e prestar mais atenção no que a outra pessoa está dizendo. A gente precisa parar de brigar por bandeiras políticas e pensar mais na praticidade das coisas. A gente precisa parar de proteger menores para algumas coisas e deixar de omitir em outras. A gente precisa se medicar menos e procurar por formas mais saudáveis de vida. A gente precisa parar de poluir o planeta, pois estamos morando num enorme depósito de lixo. A gente precisa de tantas coisas para virar gente.

PLANOS

Quem têm planos e sonhos, os tornam em objetivos possíveis para realizá-los. Imagine um garoto de 12 anos, uma enfermeira de 30 e uma polonesa de 74 anos nutrindo o mesmo sonho. Não se pode garantir qual deles conseguirá alcançar seu objetivo de forma mais rápida, pois tudo é possível nos campo das probabilidades. Também não se pode garantir que todos eles o conseguirão. É que um sonho, um objetivo ou um plano precisa ser talhado e moldado a cada pessoa de acordo com as características pessoais se quiser aumentar suas possibilidades de realização. Um objetivo sob medida com os talentos e recursos existentes e disponíveis, em harmonia com o estilo de vida e com os valores que motivam uma dada pessoa, desenvolve a paixão como combustível para a luta. Neste caso, a paixão se torna o grande diferencial.

LIÇÃO PRECIOSA DE VIDA

Muitas pessoas encontram dificuldades em lidar com novas situações na vida em geral. Esta dificuldade demora mais na medida em que a pessoa resiste ao surgimento de coisas novas, por estar ainda conectada à frustração do abandono de um sonho. As novidades são inevitáveis, pois tudo na vida se recicla e se move em ciclos de criação e destruição. As frustrações são termômetros indicativos da necessidade de mudança de pontos de vista e de desapego emocional. A vida nos quer livres, mesmo quando nos prendemos a algo ou a alguém por amor. Como a gente não entende seus propósitos e não aprendeu a ser livre até mesmo dentro de um relacionamento, a gente vai amargando situações indesejadas como se fossem derrotas ou injustiças do mundo. O tempo vai passando, nossa atenção vai se movendo em outras direções, novas pessoas vão despertando em nós outras necessidades básicas e, de repente, a gente aprendeu mais uma lição de vida.

AEROSMITH

Cada momento é único. Todo encontro é importante. O destino está sempre batendo à nossa porta com alguma surpresa. Se estamos prontos, a conexão se faz entre o que gostamos e a realidade dos fatos. Steven Tyler da Banda Aerosmith estava em Niagara falls para apresentar dois concertos de rock e estacionou sua limousine na porta do Cassino. Naquele momento um garoto com síndrome de down o reconheceu e correu para abraça-lo. O que aconteceu depois deste encontro foi obra do destino. Anthony, o garoto, pensava não ter tido sorte por não ter conseguido comprar o ingresso pois as vendas tinham se esgotado. Acabou no palco tocando maracás com Tyler que o convidou para acompanha-lo na música Sweet Emotion. “Foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida” disse Anthony, chorando, no dia seguinte. Depois disso, o destino saiu de mansinho e foi procurar por você.

CONECTADOS

Quantas conexões precisamos para obter sucesso em nossos projetos? Se pensou uma, errou, mesmo que tenha pensado “basta uma conexão certa, a pessoa certa”. Se pensou em um número pequeno de equipe com funções definidas também pensou errado. O sonho não acaba na realização, ela o ativa, o coloca em movimento e cria condições ideais para sua longevidade. Para permanecer viva, na prática ela precisa de dezenas, centenas ou até milhares de conexões que formarão a rede de marketing ou de sustentação de seus projetos. O mundo digital não tem fronteiras. Estamos vivendo numa espécie de infinito, além do alcance de nossos olhos. Para abraçar tamanha diversidade disponível, precisamos sair do sofá limitante de nosso ego e vigiar com o objetivo de fazer milhares de pessoas felizes. É assim que nos adaptaremos ao novo mundo.

SATISFAÇÃO PLENA

Pergunte-se agora a razão de você não estar se sentindo feliz neste momento. Por trás da primeira resposta, quase sempre a respeito do que esteja faltando em sua vida, dorme um aspecto da falta que nem sempre é incluído nesta reflexão. Falta-lhe gratidão, falta-lhe agradecer a possibilidade real de fluir com naturalidade na bela estrada das probabilidades, falta-lhe a disposição de se aliar à iniciativa, colaborando com o fornecimento da energia necessária para a ação, falta-lhe sair da zona de conforto e ir ao encontro do diferente. O que lhe falta para ser mais feliz neste momento é mudar de percepção sobre o que permeia sua existência. Só assim você se abrirá a novas possibilidades de satisfação plena.

PERDAS EMOCIONAIS

Pelo menos uma vez na vida, todos nós já casamos as experiências de amar e perder. Pode ser um objeto de valor emocional, um emprego, uma amiga, um parceiro ou um sonho, tanto faz, a perda de algo que não queríamos perder sempre nos causa dor, desânimo e sofrimento psicológico. Muitas vezes temos mais medo de recomeçar do que concluir um processo de perda emocional. O medo é proporcional ao tamanho do significado que demos ao objeto perdido ou ao tamanho da referência de vida que a pessoa ausente teve em nosso relacionamento. O silêncio de uma das partes perpetua o sofrimento psicológico da outra. A perda não deve inibir novas conexões, mas pode servir de aprendizado para o autoconhecimento. Quem se cala, não aprendeu. Quem nega o fato, também não. O aprendizado só vem com a reflexão sobre a profundidade de uma conexão e os valores humanos nela envolvidos, bem como com a capacidade de virar páginas sem perder o prumo.

CINCO

Por não se preocuparem com as responsabilidades do mundo adulto, as crianças tendem a acumular mais energia e a usam para brincar, criar, divertir, aprender, com o mesmo afinco que os adultos usam a própria energia para o trabalho. Ao brincar, elas já manifestam os aspectos mais fortes de seu caráter e de sua estrutura psicológica, sua natureza, suas preferências e seus filtros com os quais irão classificar os acontecimentos em algo compreensível. Podemos até dizer que aos cinco anos uma criança já é o adulto que será um dia, estando mais próxima de sua verdade aos cinco anos de idade, pois ainda não foi contaminada irreversivelmente pelo mundo. A esta pureza de Ser damos o nome de inocência.

FOCO

Antes de trabalhar ou fora do trabalho, você vive a sua vida. Ali fora é onde você se aproxima do bem estar, da felicidade, dos relacionamentos que atendem suas necessidades básicas, formando o contexto mais significativo de suas experiências. Em algum momento você se esquece da importância disso tudo e a transfere para a profissão ou trabalho que executa. Ao inverter o foco, o estresse e a competição passam a desorientar a sua forma de ser feliz. Ao mudar o foco, mudam-se as prioridades, os desejos, os valores; muda-se a qualidade de vida ao ocupar-se mais com os outros do que consigo. Há que se resgatar a importância da felicidade interior que não dependa das circunstâncias ou do status quo adquirido. Da felicidade não se aposenta jamais.

ESTRUTURA DA COMUNICAÇÃO (8)

LEALDADE

Defendemos nossos familiares, não porque os amamos, mas porque fomos criados juntos valorizando a lealdade. Sustentamos um casamento, não por amor, mas pela lealdade ou fidelidade de propósitos e comportamentos construída com os blocos da confiança. Alimentamos uma amizade por longas datas por causa desta mesma lealdade. Confiança, amor e respeito são subprodutos da lealdade nos relacionamentos. Por isso, algumas pessoas expressam lealdade no lugar do amor. Ela não leva a fama, não aparece nos jornais, nem sempre é mencionada nos diálogos, mas é a razão de ser dos relacionamentos. A comunicação entre duas pessoas leais é limpa, bonita, leve, descontraída, amorosa, quase inocente de tão verdadeira. A lealdade é o alfabeto ou as letras animadas da comunicação, é a sua respiração. Há que se criar mais consciência do papel da lealdade na hora de comunicarmos algo a alguém.

ESTRUTURAS DA COMUNICAÇÃO (7)

TROCAS

Toda interação é troca. Tudo está sendo transferido de mão em mão, do dinheiro às emoções, dos desejos às soluções, dos sonhos aos pensamentos. Tudo vem e vai, sem garantias de voltar como foi. Esta constatação faz com que ousemos criar, inventar, misturar, mentir, confiar, buscando aliados para as nossas alucinações com o objetivo de trazer sentido à vida e a tudo que não depende de nós. Para isso nos relacionamos com tudo e com todos. É por esta busca de sentido que alucinamos tão prazerosamente, fugindo ao mesmo tempo da realidade e reorganizando o caos com experiências positivas. Precisamos dos outros para sentir nossas membranas. Precisamos perder a razão, ou nosso conceito de razão, antes de encontrá-la cara a cara.

ESTRUTURA DA COMUNICAÇÃO (6)

ESPAÇO E TEMPO

Comunicação sem ruídos é troca de percepções, baseadas ou não em experiências pessoais. Aliás, a percepção consciente vale mais do que uma experiência infeliz, já que ela é fruto apurado da visão estratégica que aprendeu a evitar o sofrimento das más escolhas. A comunicação sem ruídos respeita o espaço e o tempo, tal qual a emissora de rádio que cria intervalos entre as músicas, com  tempo para os anúncios comerciais.  Ao respeitar o tempo, podemos coletar dados relevantes e informações preciosas que serão digeridas no espaço do equilíbrio emocional. 

ESTRUTURA DA COMUNICAÇÃO (5)

A PESSOA E A HORA CERTA

Ao guardar emoções mal resolvidas e colocá-las no arquivo de pensamentos confusos, cria-se uma pressão interna que se manifesta na atração por discussões e enfrentamento. Muitas pessoas estão com o copo cheio e precisam desabafar seus conteúdos internos, fazendo-o sem nenhum critério seletivo. O primeiro que cruzar o seu caminho será a próxima vítima. Naturalmente ela atrairá outras pessoas com o copo também cheio e iniciarão o combate em praça pública. O mal não consiste em arquivar experiências incompletas. O mal está em perder a seletividade na hora de ventilar as emoções que estão arquivadas com pensamentos confusos.

ESTRUTURA DA COMUNICAÇÃO (4)

TÁ DIFÍCIL

A comunicação prazerosa é sempre mais difícil com pessoas extremamente mentais, lógicas, metódicas, doutrinadas e rígidas. Falta-lhes o conteúdo emocional, tão importante nas relações humanas e que nos define ou nos abre portas de envolvimento, negociações e satisfação mútua. Timidez não é desculpa, muito menos conformismo, mas opiniões rígidas dificultam o crescimento natural que vem com as trocas de experiências, provocando distanciamento e julgamento desnecessário. Carisma pessoal é a junção de amabilidade, respeito e capacidade de ouvir e valorizar os outros na hora das trocas. As pessoas mentais perdem muito nas relações por desconhecerem o prazer do cultivo do carisma.

ESTRUTURA DA COMUNICAÇÃO (3)

REAÇÃO

A reação das pessoas em relação ao que dizemos indica algo sobre o que a outra pessoa guarda ou esconde em si. Se a reação negativa vier seguida de emoção, trata-se de problemas antigos do relacionamento. Se vier seguida de um riso nervoso, trata-se de preservação pessoal ou guarda de segundas intenções. Se vier de forma agressiva significa que tocamos no ponto nevrálgico da sensibilidade delas. Caso venha com receptividade, estamos agradando, correspondendo e alimentando a estima delas, numa indicação de que ganhamos espaço de confiança para prosseguir com aquela abordagem. A reação dos outros tem mais a ver com o conteúdo deles do que com o que falamos ou fizemos.

ESTRUTURA DA COMUNICAÇÃO (2)

A PONTE NECESSÁRIA

Em cada interação verbal ocorre uma guerra silenciosa de intenções. Passando pela câmara de atenção até a rejeição, indo do medo ao entusiasmo, percorrendo os caminhos da competição e da colaboração, a comunicação é este atrito entre o que não se pode dizer com franqueza e a consequência de se dizer algo que pode ferir a sensibilidade ou limitação dos outros. As expressões faciais e o tom de voz trabalham como termômetros indicativos do retorno, após a entrega nem sempre simpática de uma percepção pessoal. Se não houver a ponte do respeito entre elas, os ruídos gerarão conflitos. Se houver, haverá crescimento pelas trocas.

ESTRUTURA DA COMUNICAÇÃO (1)

BIS

Comunicação entre duas ou mais pessoas tem certa semelhança com a transmissão de emissoras de rádio. Cada uma tem seus ruídos e sua maneira própria de editar ou traduzir a realidade de acordo com os filtros que possui, de acordo com os patrocinadores que estão por trás de uma afirmação, de acordo com o tamanho da plateia na espera de um pedido de bis. É que existem distância e distinção entre o que se diz, o que não pode ser dito com clareza, o que se intenciona ao dizer aquilo e as emoções por trás da fala. Além do mais, há uma observação atenta para ver se houve coerência entre o que foi dito e o que se faz. Sem confiança, não há comunicação eficiente nem bis. Não há lealdade.

ESTADO NATURAL

Criatividade é um estado natural de todas as pessoas. Ela se manifesta como resposta da vida diante de um momento repetitivo e quase morto de significados. Ela também se manifesta como resposta à energia de inquietação diante de uma pergunta. Outras vezes ela aparece do nada e recebe o nome gringo de insight. A criatividade é um fluxo natural de energia vital que quer se organizar no espaço da diversidade. Ela nos ensina a estarmos atentos para lidar com tantas transformações rápidas que nos circundam. Criatividade flui do vazio à ideia repentina, da ideia ao encontro de recursos, do material necessário à sua execução. Criar nada mais é do que estar disponível ao novo, embarcando neste fluxo.

CAFÉ

A necessidade de co-criar realidades na espécie humana tem crescido e se manifestado em todos os aspectos do comportamento. Vale tudo para ganhar fama, dinheiro ou poder. Do lado das mínimas mudanças, uma noticia chamou minha atenção. Já estão vendendo um café cujos grãos são engolidos por gatos e não são quebrados ou digeridos, mas recebem uma camada de enzimas felinas que dão um sabor todo especial. Basta lavar as fezes do grão e processar o café para quem se interessar por paladares exóticos. Do lado das mudanças globais, as minorias em muitos países já conseguem influenciar e mudar os hábitos das maiorias em nome da inclusão social. Os trabalhadores de restaurantes poderão usar trajes típicos de suas culturas, deixando de lado a elegância, a higiene pessoal e as etiquetas sociais.

MAIS REVELAÇÕES

No ano do macaco nada para no lugar e a verdade é revelada publicamente. Foi o que eu afirmei em Dezembro passado, neste blog, sobre como seria o ano de 2016. Corre no mundo a notícia de vazamento de lavagem de dinheiro de muitos ricos e poderosos, o Panama Papers, pela criação de mais de 240 mil empresas fantasmas ou Offshore. Assim como os presídios existem para os pobres bandidos e não para os criminosos de colarinho branco, agora confirmamos globalmente que quem paga impostos corretamente são os mais pobres e a classe média, enquanto os milionários e os poderosos fraudam impostos, desviam dinheiro público e lavam dinheiro sujo. O vazamento de informações consta em 11.5 milhões de documentos e pode comprometer Bancos e parentes de governantes de várias nações.

TRANSNACIONALIZAÇÃO

Os crimes de corrupção, graças ao mundo globalizado onde um país investe financeiramente em outros, tornou-se transnacionalizado e recebem a oposição organizada com força de lei do Tribunal Internacional de Haia.

Vimos o FBI dos Estados Unidos contribuindo com esclarecimentos sobre investigados da Operação Lava jato no Brasil. Vimos a Suiça ajudando Janot a recuperar muito dinheiro roubado dos cofres públicos brasileiros e lá depositados por políticos e empresários do governo atual. Vimos a Corte de Haia recebendo carta da Operação Lava Jato para interceder no processo contra a corrupção sistêmica que se instalou no Brasil neste governo sem rumo. Do lado deles, vimos o envolvimento de vários países latino americanos sugando o dinheiro público brasileiro tais como a Sucursal da Petrobrás na Bolivia, as obras na Venezuela, o Porto de Mariel em Cuba e várias mansões, obras na Nicarágua e em países africanos, internacionalizando e complicando a distribuição da corrupção para dificultar o seu combate.

Lá fora a corrupção já é considerada crime hediondo por roubar grana que seria investida na saúde, na segurança e no futuro dos habitantes de um dado país. Com a transnacionalização da corrupção, o Brasil tornou-se destaque internacional neste triste momento de nossa história política. Logo em seguida surgiu o escândalo mundial de corrupcao chamado Panama papers.

CADEIRA DE BALANÇO

Li sobre uma comparação entre a preocupação e a cadeira de balanço e achei bastante pertinente. As duas nos dão algo para fazer, mas não nos deixam sair do lugar. Gostei e acrescentei que elas só servem para consumir nossa energia com promessas falsas de descanso e tranquilidade e que a preocupação é pré por ser preguiçosa, por não querer se ocupar com ações verdadeiras e eficientes. O balanço de vai e vem da cadeira lembra os ponteiros do relógio demarcando o tempo perdido, tal qual no espaço e no tempo perdido pelas preocupações. Na varanda da mente balança a cadeira dos pensamentos negativos que nela sentamos.

NOÇÃO

Nem todo mundo conhece os próprios limites, muito menos até onde vai o limite dos outros. São as circunstâncias e confrontos que acusam a invasão do espaço pessoal, as agressões que violentam a confiança existente e o desrespeito aberto em carne viva. Não se trata de decisão, algumas pessoas simplesmente passam do limite por ignorar suas bordas. Outras o fazem intencionalmente para ganhar poder sobre você. Algumas gostam de testar os outros para sentir prazer nesta descoberta. Outras são atrevidas mesmo. Em toda interação conflituosa, alguém perdeu a noção de limite.

DISFUNÇÃO (8)

Quando os membros de uma família brigam entre si, com ódio no coração, a família se torna disfuncional e se rompe, porque o seu único propósito de existir era viver o amor na unidade, gerando lealdade, segurança, confiança e progresso. Quando os seres humanos perdem a capacidade de se verem como uma só família planetária, surgem as brigas, a separação, a competição desleal, a violência das guerras e a fome, tornando-se disfuncional. A única salvação da Humanidade, se tiver que surgir de si, será pelo retorno do amor através da unidade. Ou Deus que nos acuda!

DESPERTAR (7)

A Humanidade criou tantos conhecimentos contraditórios, tantos pontos de vista sobre o mesmo assunto, tantas alucinações sobre a realidade dos fatos, tantas teorias limitantes e deu a isso o nome de desenvolvimento. Realmente ela desenvolveu, mas não permitiu a evolução por ter perdido a clareza do entendimento convergente, a supremacia da consciência sobre o conhecimento, a beleza das leis universais e o respeito à própria vida. Encantada pelas formas de poder, preferiu oscilar na tensão entre informação e desinformação, alimentando o ego com toxinas ilusórias e emoções desequilibradas, do que expandir o autoconhecimento para esferas superiores do Ser. Desalmados, colocam em risco de extinção a própria espécie, distantes ou fora do eixo do despertar.

INVOLUÇÃO (6)

A história se repete, indubitavelmente. Isso acontece porque o ser humano vive hoje as mesmas emoções que o homem das cavernas tinha, as mesmas carências que os homens medievais sofriam, as mesmas ameaças perpetradas por outros seres humanos sobre  a natureza e sobre si mesmos. Ao repetir erros ela dissemina a familiaridade com a competição desleal e a luta pela sobrevivência, muitas vezes de forma autodestrutiva. Sem evoluir física e emocionalmente, a Humanidade tende a andar em círculos, buscando o prazer e fugindo da dor ou buscando a dor e fugindo do prazer. A tensão criada por estes dois posicionamentos é a grande responsável por nossa constante involução.

CONSUMISMO (4)

As empresas nunca estão comprometidas a produzir algo de altíssima qualidade. Ela vive dos lucros e precisa incentivar o consumo constante de suas mercadorias. Quando Nichola Tesla inventou formas baratas de gerar energia, as empresas alemãs o boicotaram violentamente, pois sabiam dos riscos que corriam caso ele sucedesse. Tanto é que Tesla morreu pobre e as formas caras de energia movem o mundo até hoje. Recentemente vimos a retirada do mercado de lâmpadas que duram mais de um ano e foram substituídas por outras mais fracas. Se o marketing do consumismo não fosse tão agressivo e distorcido, a natureza seria mais protegida e a distribuição de riquezas no mundo seria muito mais globalizada e justa.