Façamos o seguinte: eliminemos as culpas de nossas
estórias de vida. Não há culpados. Há encontros que se realizam pelo
inconsciente, há convergência de energias psíquicas e emocionais de nossos
ancestrais que acompanham toda a árvore genealógica, simplesmente em busca de
perdão e regeneração, em busca de aceitação e libertação. Não há culpados. Há
encontros de corações com a razão, há encontros de argumentações teóricas ou
morais com os sentimentos e as necessidades básicas, há encontros entre as
limitações de cada um e a grandeza ou insignificância das circunstâncias. Ser
limitado diante de coisa pequena pode lhe parecer insuportável. Ser pequeno
diante de circunstâncias inesperadas pode lhe parecer arrasador. Ser invisível
diante de emoções sinceras expressas pelo coração mais bem intencionado pode
lhe ser mortal na maneira de enxergar os relacionamentos. Não há culpados. Há
encontros e desencontros entre a teoria e a prática. Culpa é apenas um
distanciamento das verdades mais cruas de uma família.
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