Se fosse para escrever a verdade de toda a sua
existência, seu livro seria censurado pela sua própria consciência, por causa
dos descaminhos seguidos, por causa dos medos que foram mais altos do que o
coração batendo forte, por causa dos desatinos movidos pelos desejos, por causa
da hipocrisia das pessoas, por causa da insegurança de andar sozinho no escuro
das noites interiores.
Se fosse para escrever a verdade de todo o seu coração
seu livro se tornaria um Bestseller, uma estória de amor pela vida e de
comunhão com a natureza, um poema de inocência que buscava estrelas na palma da
mão, um mar calmo de uma praia deserta onde o silêncio se inspirava na luz, uma
oração pronunciada pela primavera dos anjos.
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