Não é culpa de pai nem mãe
o malcriado, ele nasceu com defeito de fabricação da natureza. Imaturo
emocionalmente, cérebro infantilizado, o malcriado parou no tempo e se recusa a
crescer. Só conhece a raiva como elemento de sobrevivência e dela se alimenta
diariamente. O malcriado não sabe que é bobo, pois considera tudo tolice. O
malcriado quer se ver justiceiro na força. O malcriado desorienta-se na própria
ignorância ou nas próprias experiências de fracasso. O malcriado ofende a mão
que o alimenta, o braço que o acolhe, o protetor que lhe dá casa e carinho. O
malcriado chora escondido. O mal criado agoniza em praça pública e se isola no
quarto sem espelhos. O malcriado é produto do que escolhe fazer para ganhar o
que não lhe completa, ou seja, a rejeição de quem não o aceita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário