Mão e intenção andam sempre juntas. Uma leva a outra para o
centro da ação. A mão é como uma folha branca na qual a intenção é o lápis que
escreve para onde elas vão. Digo lápis porque elas podem ser interrompidas e
modificadas pela consciência para mudar de rumo.
Em vez de apertar o botão da bomba atômica, que a mão assine
a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Em vez de agredir aos tapas, que a
mão pare no ar e se converta num afago evolucionário ou num conciliável aperto
de mão. Em vez de apontar o dedo em riste com acusações injustas, que a mão
convoque todos os dedos para convidar os outros a entrar em nossas vidas pela
porta da frente. Em vez de puxar o gatilho, que a mão se movimente alegre entre
as cordas do violão para dedilhar uma canção de paz ou um hino de louvor.
A mão sozinha segue somente a impulsividade e o imediatismo inconseqüente,
passível de arrependimento. Com a intenção elas organizam juntas a atitude a ser
tomada e concluem o ato, passível de conseqüências positivas ou negativas. Com
a ajuda da consciência, as mãos se juntam em prece e colaboração, se divinizam
e brilham raios de dignidade, desenhando no mundo muitos gestos de integridade
e alegria. É o trio perfeito da paz mundial.
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