segunda-feira, 16 de maio de 2011

A PIRÂMIDE E A REDE

No princípio havia a imensidão do Absoluto, imanifesto, vagando na própria não-existência. Até que um dia Ele se deu conta de que podia manifestar o que quisesse e assim começou a sua obra interminável de criação. Tal qual uma aranha a tecer sua teia, o Absoluto que alguns chamam de Deus deu início à experimentação de todas as infinitas possibilidades, através das entranhas e complexidades que o fio da força volitiva pode manifestar nos vários planos multidimensionais.
A obra da criação tornou-se um tapete universal de átomos e moléculas em movimentação constante. O invisível tomou forma, o vazio adquiriu conteúdos, criando-se o espaço, o tempo e o entendimento de quase todas as coisas. Mesmo assim o mistério continuou a existir, lembrando à todas as criaturas que a vida é para ser vivida e experimentada e não para ser explicada ou traduzida. O caos gerou a ordem e a ordem se organizou em ondas desorganizadas de variáveis. As polaridades alimentaram as ambiguidades para que a tensão criada se resolvesse em novas probabilidades existenciais. Forças invisíveis permaneceram assim para que se protegessem o que ainda há de vir.
A natureza e o homem optaram pela estrutura piramidal por séculos e séculos. No segundo milênio surgiu a rede de informações da internet para que um novo passo de evolução fosse dado rumo à consciência elevada. Pontos de vista diferentes se manifestaram no inconsciente coletivo. Estava preparado o terreno fértil para o entendimento de que a rede e a estrutura piramidal de organização da vida são interligados e foram criados únicamente para proteger a força vital. Após tal entendimento surgirá a onda caótica do buraco negro existencial que representa o núcleo de toda forma de vida, o núcleo de toda espiral e de toda fractal. Todas as formas de vida serão balançadas até os confins do universo.

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