Há momentos na vida em que a gente sente necessidade
saudável de se isolar das pressões do mundo e das pessoas, sente vontade de
curtir o silêncio da tarde e de ouvir o canto dos passarinhos, ou quem sabe nem
os passarinhos por perto. São momentos em que nos esvaziamos para ser mais
seletivos na hora de interagir com os outros. É quando a gente se dá conta de
que estão esperando demais da gente, cobrando demais nossas respostas para o
bem egoísta deles. Nestes momentos a gente percebe que havia perdido a intimidade
amiga com nosso próprio Ser, talvez por ter se doado demais, talvez por não ter
sido respeitado pelos outros, talvez por não ter sido visto. É aí que a ficha
cai. O mundo só serviu de espelho para minhas atitudes: fui eu que não me
respeitei, fui eu que me abandonei, fui eu que não me vi.
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