Quantas vezes estamos fazendo uma atividade, pensando
em outras, segurando a ida ao banheiro, atendendo ao telefone simultaneamente,
sem nos darmos conta de que naquele instante não sabemos se estamos escolhendo
ou sendo escolhidos.
Cada escolha é uma prisão dentro de uma atividade ou
dentro de um pensamento limitante. Cada escolha é também o impedimento de
outras possibilidades de felicidade. Se nos atentarmos para esta verdade,
veremos que fazer escolhas pelo exercício do livre arbítrio não nos faz livres.
A liberdade, a verdadeira liberdade, só acontece quando não escolhemos, apenas
mergulhamos no infinito do instante e nos deixamos fluir com o mistério que é a
vida.