quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A FORÇA E A ALMA

Todo ser humano precisa e aprende a sobreviver com aquilo que recebeu, com aquilo que lhe parece normal ou aceitável até que crie ou receba novas condições para progredir. O que foi aceito e considerado normal em sua infância pode até lhe parecer correto na idade adulta se não houver evolução da consciência. O fato é que você cresceu em tamanho, idade, experiências, mas continua forçado a lutar por sua sobrevivência física ao combater doenças; sobrevivência financeira ao garantir o atendimento de suas necessidades básicas como alimento, moradia e trabalho; sobrevivência emocional ao conquistar amor, respeito, reconhecimento e segurança; e sobrevivência existencial ao procurar sentido para a sua vida. No entanto, nem tudo cai do céu como você merece.

Num mundo de competitividade, você se sente diariamente ameaçado pelas limitações, suas ou dos outros. Surgem os medos e a necessidade de controle, surgem os jogos de poder e a imposição das influências externas, existem as leis para serem seguidas somente por aqueles que não gozam do poder e da influência política, existe a ordem para ser seguida por todos e para evitar o caos, mas nem sempre existe ou prevalece a coragem.

Observe como a coragem esteve presente na vida de tantas pessoas que se destacaram. Observe como ela criou espaço de ação na vida de tantos vencedores. Observe como a coragem de poucos tornou-se a coragem de muitos. A coragem, ao abrir espaços, cria oportunidades – aquela mesma oportunidade que as vezes você reclama não ter tido na vida por falta de sorte, aquela oportunidade que você cobra dos outros ou de Deus, mas é puro fruto de sua coragem. Com ela os recursos aparecem, os apoios se manifestam, os caminhos se revelam e a liberdade toma forma diante de novas decisões.

A força dos seres humanos chama-se coragem, a qual mantém viva a chama da alma. Coragem anima a alma, ilumina o sonho e o espírito, cria oportunidades de crescimento, abastece as emoções, conquista respeito, fortalece o corpo, alegra o ambiente e contagia os amigos. Ter coragem é como respirar com atenção na respiração. Ter medo é como esquecer de respirar. Da próxima vez que você deparar-se com suas limitações ou questionar sua falta de sorte, olhe para si mesmo, respire fundo, respire a coragem…e obrigado por ajudar a criar um mundo mais consciente!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

POEMA DO ADEUS RECUSADO

Você tem mesmo que ir embora? Justo agora que descobri como preciso de você na minha caminhada, bem agora que meus olhos lhe encontraram tão perto da alma? Você tem mesmo que ir embora, depois que me mostrou o tamanho de seu amor, depois de me deixar provar o néctar de sua presença tão amiga e me mostrar que também posso aprender a amar desse jeito?
Não dá para ficar mais uma eternidade ao meu lado ainda que não se possa medi-la? Não dá para se esquecer de si e olhar para mim mais um pouquinho até que as nuvens escrevam nosso nome quando o céu de nossas bocas ficar claro? Não dá para atrasar seus projetos misteriosos ou transferi-los para o território mais próximo de nossos abraços? Não dá para jogar fora os relógios e as portas da rua e observar as tardes morrerem na alegria de sua presença?
Você tem mesmo que ir embora? E se eu pedir com humildade e lavar seus pés em minhas lágrimas...e se eu cantar uma canção que brota do coração e diz coisas que você nunca ouviu...e se eu pedir aos deuses que reúnam seus exércitos para tentar persuadi-lo a ficar aqui, onde o amor lhe espera sorrindo... e se eu carregá-lo no colo do horizonte com ternura...e se eu contemplar o fundo de seu olho até me perder, para você se ocupar em me achar ou me trazer de volta...e se eu lhe surpreender com tudo aquilo que me surpreenderá um dia... será que você me atende e fica?
Eu sei que digo estas coisas em vão, pois do lado do amor incondicional ele é libertador. Eu sei que as malas do destino já estão prontas embora eu tente me enganar que você não queira ir. Eu sei que você foi feito para rasgar caminhos novos, abrir estradas de luz para que outras pessoas possam nelas se enxergar plenas. Sei também que agora você já é parte de mim, é parte do que ainda vou descobrir, é tinta de meu coração tatuado em figuras coloridas de “obrigado, valeu, vou sentir saudades”.Você pode até tentar ir embora, mas quero que saiba de uma coisa. Os diamantes quando riscam... deixam marcas indeléveis no coração da gente.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

ANESTESIA COLETIVA


O que faz um povo inteiro ser anestesiado por um governo? Seria a deficiência do sistema educacional que só atende aos interesses de quem o comanda? Seria culpa da mídia que se vende em troca do apoio e da propaganda governista? Seriam as distrações novelescas, o carnaval e o futebol, da antiga praxe PÃO E CIRCO? Seriam as políticas assistencialistas que transformam cidadãos em sanguessugas ou parasitas? 

Seriam as estruturas ocultas que sustentam o capitalismo e a manipulação das massas através do medo? Seria o surgimento de novas gerações alienadas, indiferentes, neutras ou vazias? Seria a falta de cultura e de diferenciais de comparação para aprimorar as escolhas pessoais? Seria a inoculação moral causada pelas instituições religiosas em sua decisão de não cuidar das coisas de Cezar? Seriam as pressões econômicas sobre um povo que teima em sobreviver antes de qualquer sonho? Seriam as crises existenciais que acompanham a humanidade em ciclos constantes para permitir seu crescimento e evolução? Seria o afrouxamento das vontades de um povo, egoísta e despreparado para as lutas do cotidiano? Seria a falta de consciência política? Seria a romantização da pobreza e da psicologia da falta? Seria a ausência do ato de pensar sem ser pensado?

A Líbia de hoje, a Síria, o Egito, a Venezuela, o Iran, a Somália, o Brasil e a China são alguns países que podem nos ajudar a responder a pergunta sobre o que anestesia uma nação inteira. Quando Monteiro Lobato nos afirma que um país se faz com homens e livros, quando vemos ou testemunhamos a história sendo repetida por não aprendermos as lições de outras eras, quando ainda somos capazes de nos indignar com a corrupção sistêmica de um governo, surge uma consciência maior em nossa percepção da realidade.

Cada indivíduo é co-criador da realidade, mas nunca co-criador de Deus. Uma mesma realidade, qual o centro de uma roda, possui infinitos aros de percepção. Ninguém é responsável pelo que fizeram de si, ou pelo que acreditou ser, ou pela situação em que se encontra. A experiência humana continua a acontecer num palco de teatro amador. Penso que está na hora de iniciarmos um novo capítulo ou de plantarmos as sementes de uma outra árvore da vida.

domingo, 28 de agosto de 2011

A CURVA

Quando colocamos  os acontecimentos do mundo num gráfico, podemos perceber que de tempos em tempos a linha do tempo vira uma curva. Os tempos atuais representam uma nova curva muito significativa, daquelas que mudam o rumo da civilização em nome do equilíbrio das espécies existentes, incluindo os homens.
Nos tempos romanos de Calígula havia um tremendo mal-estar no mundo, uma crise moral sem precedentes, uma barbárie humana imperando em todos os ambientes políticos, econômicos e sociais. A vida humana parecia ter perdido o sentido devido à insegurança, à violência perpetrada e sustentada pelo abuso das leis vigentes, à corrupção estimulada e praticada pelos governos, às injustiças sociais que denegriam o respeito humano, aos desvios sexuais proliferados por toda  a população da época. Foi preciso o surgimento do Cristianismo para balançar as estruturas.
Há alguns anos fizeram um experimento com ratos, o qual traduziu esta curva dos acontecimentos. Alguns ratos foram colocados num ambiente fechado com bastante alimento à disposição deles. No início era tudo uma beleza. Todos comiam e viviam alegremente, dedicando um tempo maior às atividades sexuais. Com o passar do tempo a população explodiu e já não havia mais alimentos disponíveis para todos os ratos, gerando conflitos, fazendo com que as mães comessem os novos filhotes, os machos se envolvessem em atividades homossexuais, surgindo novas doenças e matando muitos deles até atingir novamente um ponto de equilíbrio. Curiosamente a natureza tem seus caminhos naturais de homeostase.
O ano de 2012 revela mais uma curva nesta linha da história que escrevemos consciente ou inconscientemente. Comportamentos são instalados inconsequentemente, a violência é aceita e deixada de lado por desinteresse de quem deveria se interessar em corrigi-la com determinação. Valores são descartados. Crianças abandonadas pelas ruas roubam para satisfazer seu desejo de consumo estimulado cegamente pela mídia do capitalismo. O descuido com o planeta em nome da exploração monetarista impera majestoso. Tal qual um copo cheio que é inclinado para despejar o que nele existe, assim também a humanidade será entornada nos próximos anos. Quem viver verá!!!

sábado, 27 de agosto de 2011

ANJOS NA TERRA

De tempos em tempos a gente encontra alguém que nos inspira, alguém real com quem podemos conviver e aprender lições de gentileza, de esperança, de sabedoria e fé. São os anjos terrestres.
Eles podem vir vestidos de crianças doentes, de professores carinhosos, de velhinhos no banco do jardim. Eles podem nos encontrar na empresa, no mercado de frutas ou na sala de espera dos hospitais. Não importa o local, eles sempre aparecem quando a gente mais precisa de uns raios de luz e de conforto. Melhor ainda quando se tornam amigos ou quando fazem parte de nosso núcleo familiar. Com poucas palavras eles reorganizam nosso caos emocional e existencial, dando-nos novos óculos coloridos para perceber a realidade de forma mais suave e aceitável.
De tempos em tempos, bem que a gente tenta ser anjo também. Pensando que as espátulas são asas encolhidas e que cabelos encaracolados são fios de ouro, arriscamos alguns passos de generosidade quando relaxamos os medos e preocupações do dia-a-dia, para olhar para os outros, para guiá-los em momentos escuros e indecisos, para sugerir um calmante com um abraço fraterno. Não é fácil ser anjo aqui na Terra. A demanda de bondades é interminável. A gente se cansa logo, toma um banho de egoísmo e volta à vida corriqueira para satisfazer nossas necessidades mais básicas.
Ainda bem que alguns anjinhos cruzaram o nosso caminho e se foram sem apego. Não cairão no esquecimento pois fizeram muita diferença em nossas vidas. Quando são lembrados com carinho, as vezes umedecem nossos olhos com lágrimas de mel de amor e nos fazem respirar profundamente em busca de paz. Sem percebermos, eles estavam presentes no ar que acabamos de respirar.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

AÇÃO INDIVIDUAL

Quem tem oportunidades de visitar ou morar em outros países, passa a ter mais referenciais de justiça, ordem, respeito, civilização, educação, identidade nacional, políticas honestas, sociedade livre e propaganda governamental do que quem nunca viajou e baseia suas percepções apenas em livros ou noticiário televisivo.
Um autor publica apenas o que ele pensa. Um governo noticia apenas o que lhe convêm. Um canal de televisão pertencente a um político só atende aos seus interesses políticos e econômicos. Uma revolução só atende à uma parcela da população. Uma viagem turística só carrega em si a curiosidade turística, não oferecendo tempo suficiente para absorver o cotidiano de um povo diferente.
Todas as ações individuais devem pautar suas escolhas baseadas na experiência pessoal, nas percepções transparentes, na multiplicidade das fontes de informação, nos valores humanos e na harmonia da convivência social, se quiser aumentar as chances de serem corretas. Sem o exercício da liberdade de expressão, sem a imparcialidade de um jornalismo investigativo, sem a credibilidade das instituições mantenedoras do poder público e sem a consciência elevada das instituições religiosas, todas as ações serão comprometidas pelo egoísmo, pela força do dinheiro e pelo fortalecimento do mal.
Quando as soluções positivas escapam do controle da sociedade como um todo, resta aos cidadãos protegerem seus territórios como puderem e devem recorrer à fé para continuarem acreditando num mundo melhor, por mais utópico que ele possa parecer. O que não podemos é perder a esperança e nem deixar de praticar o bem.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

VIGÍLIA

Comportamento repetitivo torna-se condicionamento, o qual batizamos de hábito se a sociedade lhe confere um aspecto aceitável e positivo, ou de vício se lhe conferimos uma aura negativa. Tal qual ferrugem, os condicionamentos não nos deixam com facilidade, exigindo uma força volitiva hercúlea para serem transformados em algo mais produtivo ou menos pernicioso.
Enganam-se aqueles que deixam para mudar de comportamento na última hora, apoiando-se em promessas vazias e insustentáveis. Levam-se anos para quebrar as estruturas de um comportamento negativo sem risco de recaídas. Esforço nunca foi nem será proporcional à velocidade de mudança de comportamento, pois é preciso levar sempre em conta se a motivação para mudar veio de dentro ou de fora, se veio acompanhada de uma nova consciência ou se veio por exigência de alguém, por cansaço e desgaste. A expressão bíblica “Orai e Vigiai” trabalha muito bem esta reflexão.
Se uma criança é agredida pelos pais, mal sabem todos eles que estão cultivando com força as sementes da agressão verbal e física, as quais se voltarão um dia contra eles próprios. Se um adolescente pratica violência virtual em videogames, diariamente, mal sabe ele que está inoculando em si a banalização do crime. Se a mídia bombardeia o consumismo nas mentes mais despreparadas e se une à uma política governamental de consumismo exagerado, mal sabem eles que foram capacitados apenas para comprar, sem qualquer equilíbrio e estrutura emocional para lidar com a realidade do que seja caro e barato, acessível e inacessível.
Se um Cristão comete o que eles chamam de “pecado”, com freqüência, não pense ele que vai mudar de comportamento repentinamente se o apocalipse bater à sua porta. Somos todos criaturas de hábito e isso nos exige prática e vontade afrouxada, tornando-se mais fácil  justificar os vícios. Cada um que observe melhor e aprenda a medir as conseqüências de seus atos, se não quiser ser atropelado pelo destino indesejado, pelas doenças, pela maldade e pelo desprezo. Vigiai, portanto, todos os seus pensamentos e ações.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

QUEM PODE VENCER


Não basta reclamar dos problemas e desafios que a vida nos oferece. É preciso analisar e buscar soluções. Quanto mais olhamos para o negativo, o conflito e a reclamação, mais eles crescem diante de nossos olhos. Buscar soluções também pode se contrapor a dissolver os problemas, muito embora não saibamos como fazê-lo.

Para dissolver um problema é preciso identificar e neutralizar a fonte ou origem dele. É preciso olhar para outros ângulos da situação, desviando um pouco da energia despendida com as preocupações. A dissolução de um problema exige renovação do olhar. Em vez de concentrar a atenção na profundidade do desafio, busca-se a aparência óbvia que relaxa o olhar dos envolvidos. Esta postura renovada mostra que nem tudo está perdido, que as coisas não são bem assim como se pensa, que tudo pode mudar com alguma boa vontade.


Com algum jogo de cintura dança-se uma nova música. Canta-se um novo verso na recomposição das visões. Com alguma flexibilidade a tempestade poderá rugir à vontade que permaneceremos indiferentes ao distúrbio. Mesmo que haja luta ou disputa de soluções, saberemos nos posturar com altivez. Que vença a alegria e não o abandono. Que vença a união e não a separação. Que vença o amor e não a solidão. Que vença a paz e não os conflitos. Que vença a Graça e não a cobrança. Que vença a Presença Divina e não as ausências. Quando não se tem coração, nunca se sabe quem pode vencer. Quando se tem, algo superior se manifesta e nos arrasta para o amor. Dalí até a vitória é só um passo.


Não basta reclamar do limão que a vida nos oferece. Podemos encontrar novas funções para o limão ou simplesmente ignorá-lo. Podemos abandonar a luta e ficar com a realidade. Podemos encontrar novos frutos ou desenvolver simpatia por novos sabores. Em qualquer posicionamento, é a novidade quem vem nos lembrar de que a aceitação da realidade nos elimina a maioria dos problemas e nos conserva os dentes. Que vença o novo e não os farrapos.

domingo, 21 de agosto de 2011

WORKSHOP DESPERTANDO NA UNIDADE

Hoje estamos concluindo o primeiro curso DESPERTANDO NA UNIDADE na cidade de Passos-MG com o Instrutor da Universidade Oneness da India, Benedito José. Mais uma vez ele é pioneiro em atividades metafísicas e espirituais em sua terra natal. Desta vez ele nos presenteia com as bênçãos da unidade, o maior fenômeno espiritual ocorrendo no planeta na atualidade.

As Dikshas, ou bênçãos da unidade, correspondem à uma transmissão de energia do Espírito Santo através das mãos, colocando-nos num processo paulatino de despertar da consciência, o qual atinge o seu ápice no processo de iluminação, passando antes pela eliminação do sofrimento, através de uma intensa comunhão com Deus e sem vínculo com instituições religiosas, ou seja, as Dikshas são um presente de AmmaBhagavan para toda a humanidade despertar.

O processo que acompanha as Dikshas inicia-se com a observação dos pensamentos, a desidentificação com os sentimentos e a aceitação da realidade, com o objetivo de destituir o ego em sua luta constante para nos separar de tudo e de todos. Os medos das pessoas são expressões desta idéia falsa de separação. A violência atual na sociedade é fruto desta mesma idéia de separação. Podemos também incluir nesta categoria a manipulação das massas pelos governos corruptos e a falta de respeito e compaixão entre as pessoas. Uma vez destituído o ego, surge um espaço infinito para a manifestação de nossa consciência divina. Deus se manifesta em nós pela força do Espírito Santo e nos envolve com a Sua Graça. Redescobrimos a unidade como nossa constituição natural. Nascemos da unidade e podemos vivê-la em plenitude também.

As Dikshas têm o poder de desativar o lobo parietal do cérebro humano, responsável pelas percepções de sofrimento, e ao mesmo tempo ativar o lobo frontal, responsável por nossa percepção de unidade com Deus, com a natureza e com todas as pessoas. Dentro do processo inicia-se a cura emocional de traumas do passado, as possibilidades de experiências místicas e a expansão da consciência, proporcionando-nos uma felicidade suprema. Todos os participantes serão chamados de Doadores de Diksha e poderão distribuir este presente para toda a humanidade a partir desta semana.

sábado, 20 de agosto de 2011

A POESIA DO INSTANTE

Cada ponto do instante é o resultado da convergência de milhões de probabilidades, sendo afuniladas de acordo com o diâmetro de aceitação das pessoas envolvidas com aquela freqüência dominante. Assim se formam as cadeias do destino e do acaso, dos acidentes e incidentes, das intenções e das metas, da repetição e da renovação, dos milagres e dos fenômenos naturais.
Tamanha vastidão de possibilidades existe para garantir a unicidade de cada momento, resultado de diferentes vetores potenciais. Esta é a razão de tantas predições ou previsões falharem. Basta uma vertente se intensificar para alterar o todo, tal qual acontece com a dinâmica social de um grupo de 15 pessoas ser alterada para pior sempre que se aproxima de uma pessoa negativa. O tensor energético de um indivíduo ou grupo transforma-se apenas no vaso que irá armazenar a mistura de intenções disponíveis na convergência do instante. Em outras palavras mais simples, cada caso é um caso em sua essência.
Não adianta querer fazer a mesma coisa para obter algo semelhante com o resultado obtido anteriormente. Não adianta usar as mesmas palavras ou argumentos antigos que deram certo em outras situações, pois a hora atrai novas freqüências. A mesma pessoa muda de humor e de experiência, alterando inconscientemente sua complexidade interior, provocando novos resultados. A solução é estar presente com toda a sua capacidade e receptivo ao novo que se instala à sua frente. Experimente repetir “EU TE AMO” dez vezes, olhando para o mesmo objeto do desejo, e verá que cada pronúncia desperta um pensamento diferente no fundo da mente. Experimente abrir-se ao novo de cada instante e verá que a esperança toma conta de seu campo energético, naturalmente, espontaneamente, abrindo novas portas de eventos. O instante é poesia. O instante é mágico. O instante é uno.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

PRESENÇA E NÃO-EXISTÊNCIA


A experiência dos homens de percepção da realidade equivale aos círculos concêntricos, formados sobre uma superfície de um lago quando se lança uma pedra sobre ele. Os círculos não vão muito longe e se dissolvem, cedendo lugar novamente à calmaria. As percepções se afastam da realidade cedendo lugar aos novos pensamentos. Onda após onda, pensamento após pensamento, o que se forma é uma teia de distrações a que chamamos de conhecimento.

As ondas de consciência são bastante diferentes. Elas envolvem um conjunto de olhares distintos e simultâneos sobre uma só realidade que antes parecia ser muitas. Nosso corpo parece desaparecer, mudar de consistência, ceder lugar à essência.  Ao mesmo tempo em que temos consciência de que ele existe, sabemos não mais precisar dele para existirmos. O corpo físico é levemente substituído por um outro tipo de corpo, uma outra forma e uma outra substância.


Nosso olhar deixa de admirar as constelações e galáxias distantes e penetra numa outra dimensão espacial, desta vez muito mais vasta, sem tantos planetas, mas ao mesmo tempo agradável de se percorrer flutuando a existência. Da mesma forma, o tempo desaparece na imensidão e não precisa mais ser mensurado, cedendo lugar à existência daquilo que resta em nós.


No meu entendimento, porém, a experiência mais bela entre todas é a certeza de que existe uma Presença dentro e fora de nós, viva, pulsante, onisciente, onipotente, supraconsciente de tudo o que acontece ou deixa de acontecer nos espaços entre dois pontos. Esta comunhão com a Presença nos preenche com uma felicidade suprema e infinita, nos imobiliza como indivíduos e nos movimenta como unidade total. Somos guiados por caminhos desconhecidos que nem se parecem com caminhos, eliminando toda forma de esforços, testemunhando diante de si a força volitiva divina que se manifesta e se imanifesta interminavelmente. Esta comunhão já não precisa nem de corpos nem de percepções nem de existência. Ela simplesmente se tornou não-existência sem deixar de existir.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

ALEGRIA SUPREMA


Felizes aqueles que se abrem ao Divino como única fonte de vida e alegria, como única fonte de sabedoria universal e discernimento. Felizes aqueles que redescobrem o mistério da entrega completa à única fonte de vida que é o Espírito. Felizes aqueles que se deixam dissolver no cântico das esferas mais iluminadas e são conduzidos por ondas amorosas de vibração elevada, levados pelos braços dos anjos para um passeio pela eternidade colorida e bela. Felizes aqueles que respiram o sopro divino e se enchem de luz. Felizes aqueles que dançam  a memória das nuvens e se transformam em sua suavidade para conversar a linguagem dos anjos de Deus.

Felizes aqueles que bebem da água viva e se tornam sua expressão constante ao espalhar sua fragrância pelo mundo afora. Felizes aqueles que separam as moléculas existentes em puro vácuo onde reside a essência de toda a vida. Felizes aqueles que cantam o nome de Deus para as estrelas e ecoam pelo universo os raios de seu eterno amor.  Felizes aqueles que repousam no Espírito e dormem sob a égide dos inocentes. Felizes aqueles que sorriem louvores dourados e sons prateados no templo interior. Felizes as almas livres daqueles que se encontraram com o mistério da Luz. Felizes aqueles que espalharam pelo caminho gestos de ternura e compaixão e deles fizeram brotar flores de pétalas aveludadas. Felizes aqueles que desenharam com o sangue do Cordeiro uma mandala azul de ressurreição. Felizes aqueles que carregam o candeeiro imortal da palavra sagrada que venceu o tempo e a morte física. Felizes aqueles que celebram diariamente a Presença divina entre nós. Felizes aqueles que se deixam conduzir pela música divina  entoada em cada célula viva de nosso corpo. Felizes aqueles que responderam SIM em sua magnificência. Felizes aqueles que abraçaram com o coração e acolheram com os olhos santos toda a Luz que nos foi direcionada. Felizes aqueles que abandonaram a separação e permitiram que a unidade fosse revelada em seu fulgor. Felizes aqueles que se eternizaram no amor maior e puxaram com energia o fio da vida celestial aqui na Terra. Felizes aqueles que fizeram o amor vencer. Felizes aqueles que iluminaram o caminho doloroso de tantos. Felizes aqueles que aprenderam a viver em plenitude. Felizes aqueles que plantaram as sementes da esperança e cuidaram do jardim dos pensamentos.

Felizes aqueles que gritaram o nome do senhor do fundo de sua alma e foram atendidos, não porque pediram mas porque o amaram infinitamente. Felizes aqueles que se transformaram na música divina que corre em suas veias. Felizes aqueles que constroem juntos um mundo melhor. Felizes aqueles que entraram no reino dos Céus pela porta do amor e das bênçãos da unidade. Felizes aqueles que estão aqui!!!
17-Agosto-2011

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

REVISÃO DE VIDA

Não precisa esperar o final de um ano para se fazer uma retrospectiva de como você está utilizando os seus dias de vida. Torna-se importante tomar conhecimento de tudo o que você estiver perdendo ou deixando de ganhar. Se não parar e analisar, você vai perder muito mais do que a sua tranqüilidade. Vai perder a capacidade de distinguir com lucidez qual é a maior prioridade de sua existência num mundo pleno de demandas externas.
Dinheiro, saúde, segurança, relacionamento, sucesso, espiritualidade, prazer ou poder, geralmente são os conceitos que primeiro aparecem no pensamento quando se quer listar prioridades. Com alguma consciência consegue-se sair desta lista e explorar outras possibilidades.
Que tal ser feliz e sair dos braços do acaso? Quem sabe cultivar uma auto-imagem melhor e transformar as próprias palavras em auto-realização? Talvez escrever um livro sobre as suas experiências, uma vez que a sua verdade só se baseia nelas. Talvez  escapar da rotina e se perder no vazio de si mesmo para descobrir seu real tamanho. Quem sabe aprender a se entregar à vida e retornar à origem desconhecida de si mesmo que chamamos de Deus. Que tal vender tudo e se refugiar numa comunidade que pratique outros valores, muito diferentes desta sociedade falida? Talvez abraçar uma causa em defesa da natureza ou dos menos favorecidos para dar mais sentido aos seus dias, determinado a apagar de si as marcas do egoísmo escravizante. Quem sabe amar novamente, desta vez buscando incessantemente o amor incondicional. Que bom saber que existem outras possibilidades. Melhor ainda saber que há tempo para novas escolhas antes que a morte passe de repente e nos selecione na multidão desavisada.
Precisamos crescer em consciência se quisermos sobreviver com qualidade. Daqui há pouco será tarde demais e passaremos a acreditar na desilusão total. Olharemos ao lado, vendo o mundo em ruínas, certos de que fazemos parte dele e teremos o mesmo destino. Isso se não abrirmos os olhos para a divindade interior que se manifesta como fagulhas eternas de uma pulsação intuitiva e santa. Quem tiver ouvidos, ouça!!!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

AS ONDAS

As pessoas do mundo atual precisam aprender a surfar se quiserem sobreviver sem muitos arranhões. Tudo parece muito agitado, inseguro, imprevisível, desagradável, arriscado, ameaçador, agressivo, estressante. Tudo parece indesejado como se não mais tivéssemos escolhas, dentro de um mar de vulnerabilidades. Sim, a vulnerabilidade humana está se despontando no alvorecer de um novo dia.
O surfista equilibra alguma estabilidade sobre a prancha, mas na verdade apenas responde intuitivamente ao balanço das ondas gigantescas. É o mar quem traça seu destino e resta ao surfista fazer parte dele, fluir com ele, deixar-se ser levado até aonde o mar quiser. No mundo conturbado de hoje, estabilidade é utopia. A família é instável, os governos são instáveis no meio de numerosas crises, a sociedade vive de maneira instável neste período gigantesco de transição, a economia mundial se desestabiliza diariamente com novos desafios de crédito, a natureza torna-se imprevisível e instável diante de tamanha agressão aos seus limites. Ao que parece, a Terra passa por um período de maré alta.
Quem não souber decodificar seus movimentos de vida correrá o risco de ser derrubado pelas ondas. Quem não compreender que a aceleração de pensamentos e o turbilhão de emoções inesperadas equivalem às ondas, entrará em colapso existencial. Quem se identificar com toda esta turbulência vai se fragmentar em mil pedaços em nome da razão, uma vez que não existe lógica no tamanho das ondas que surgem repentinamente à sua frente. A prancha nos lembra de que é preciso aprender a relaxar e a nos entregar ao mar, sem que isso comprometa nossa vida, ao contrário, para garanti-la nos momentos de perigo. A prancha é o dia de hoje e ela se encontra mais próxima de sua cabeça do que você imagina. Se as ondas mostrarem um túnel de solução, não questione. Siga os impulsos positivos sem passar pela mente questionadora.  A questão em tempos assim não é saber nadar, mas sim saber surfar.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O DIA VAI CHEGAR

Não se preocupe nem duvide, o dia vai chegar. Querendo ou não, com ou sem ansiedade, os calendários correm de braços dados com o tempo. O dia vai chegar para todos. Vai chegar para os precavidos e para os despreparados, para os vigilantes e para os distraidos, para jovens e adultos, ricos e pobres.
Talvez não haverá tempo para arrependimento nem espaço para mudança de planos. A única estratégia será assumir os atos pensados ou impensados. Talvez não haverá tempo de olhar para trás nem de pegar carona com alguém, muito menos consultar pessoas com mais visão do que tivemos até então. Querendo ou não, fugindo ou desejando, o dia vai chegar.
Talvez não haverá chance de agradecer nem de conduzir o evento, pois nos esquecemos de que o grande acontecimento é o momento e não o fato em si. A sabedoria consiste na entrega total ao fluxo de vida que escorrer pelas nossas veias, guiado pela melhor das intenções que nosso coração ousou ter um dia. Talvez não adiantará mais cultivarmos culpa nenhuma, pois o vício e a repetição já estarão instalados e encrustrados em nossa pele e consciência. Pensando ou sentindo, ignorando ou duvidando, o dia vai chegar.
O melhor que podemos fazer é viver o dia de hoje como se fosse o único pois ele assim o é. O dia de hoje já chegou e nos encontrou silenciosamente, respeitando nossos barulhos internos  e distrações externas. O dia de hoje não poderá ser disperdiçado em troca de um futuro incerto e incompreensível. Basta que queiramos viver a parte que nos coube desta energia, sabedores de que o mesmo dia de hoje será percebido como passado, ou presente ou futuro para pessoas diferentes. Afinal de contas, só temos mesmo é o dia de hoje para ser vivido.

sábado, 13 de agosto de 2011

DIA DOS PAIS

Não deve ser fácil ter um pai alcoólatra em casa, principalmente durante a adolescência. Acreditamos precisar muito de nossos pais, ao mesmo tempo em que cultivamos a liberdade de sair do domínio deles. Como a adolescência é um período para descobrir as emoções, sentimos muita raiva daqueles a quem mais deveríamos amar.
Para tornar as coisas piores, experimentamos raiva contra nós mesmos e ainda somos proibidos de expressá-la, pois ela é nomeada como algo muito violento e errado. Quanto mais a reprimimos, mais estórias criamos em cima das estórias já criadas, para tentar aprender a conviver com tamanha energia psíquica. No fundo, sabemos que apenas palavrões nos ajudam a expressar raiva, mas até que possamos usá-los apenas na forma, ofendemos muita gente e nossos pais com palavras ferinas e humilhantes, quando tudo o que queríamos era receber o amor deles.
Acreditamos que pessoas alcoólatras são incapazes de sentir, responder e doar amor aos filhos. É que esquecemo-nos de que tais pais assim o agem pois não aprenderam a expressar suas emoções. Eles não sabem estar presentes, pois desconectaram-se de suas necessidades afetivas diante de tantas mágoas e feridas emocionais. Reprimiram seus medos e se ausentaram da família, entregando-se à bebida como anestesia.
O início da cura deste relacionamento passa pelo fato de percebermos quem são nossos pais, além ou fora de nossas estórias sobre eles. Nossas estórias não tem nada a nos oferecer. É preciso ter a sensibilidade de saber que tanto eles quanto nós estamos reprimindo emoções, em vez de abrirmos espaço para a dor e a confusão mental de cada um. Se pararmos de nos agredir com raiva, seremos capazes também de parar de lançar raiva sobre eles. Se estivermos presentes para eles, como nunca antes, eles estarão automáticamente presentes para nós. Aí o milagre começa a acontecer.
FELIZ DIA DOS PAIS

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

POLÍTICO É PROFISSÃO?

Tudo o que acontece longe dos nossos olhos incorre em nosso julgamento pela falta de provas, bem como pelo vício em tirar conclusões apressadas. Agravado por uma possível insegurança pessoal e sustentado por notícias indevidas ou fofocas ao vento, o que não vimos não nos viu por perto mas de certa forma nos alcançou um dia. O negócio das palavras é lucrativo para o mal.

Porém, aquilo que se repete e denuncia que onde há fumaça há fogo, ainda mexe com nossa vontade de evitar a verdade para justificar o apoio que demos àquela causa perdida e revelada agora em público. No entanto, ao continuar negando o fato e o evento, ao insistirmos em justificar nós perdemos crédito. Se demorarmo-nos a reconhecer o erro de outrem, estaremos enviando a mensagem sutil de que fizemos parte da bandalheira e comungamos a mesma falta de valores. Se fugirmos do assunto, escondendo-nos em banheiro, enviaremos a mensagem clara de que não sabemos o que fazer com  quem pode nos comprometer futuramente. É por isso que vovó já dizia “Diga-me com quem andas que eu te direi quem és”. Se deixarmos a poeira abaixar, confiando na pobre memória popular, estaremos nos diminuindo também diante da altivez própria de grandes personagens da comédia humana. O escondido e o oculto mesclam comédia e tragédia na mesma panela social.

Quem não pensa é pensado. Quem não decide, deixa que outros decidam por ele. Quem não questiona come gato por lebre. Quem se omite, faz parte de uma mentira alheia. Assim é o território das falácias políticas. O povo brasileiro nunca definiu se a política é ou não é uma profissão. Se for, deve seguir direitos e deveres, não apenas direitos, deve obedecer leis e se subordinar ao sistema democrático vigente, não podendo aumentar os próprios salários ao bel prazer, devendo prestar contas à sociedade que o elegeu, devendo renunciar ao seu mandato se não tiver condições de cumprir o que prometeu. Isso é possível? Sim, apenas em países evoluidos, onde impera a educação.

Falta muitas coisas para o Brasil se firmar como país do primeiro mundo, já que sua classe política prefere permanecer na terceira categoria de indivíduos que se enriquecem com o dinheiro público e o povo que se dane. É propaganda política, mentira governamental, vender um céu de brigadeiro quando a cúpula de seu comando têm as cores do inferno. Por isso vovó também já dizia “O pior cego é aquele povo que não quer enxergar”.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

OMISSÃO

Uma sociedade estressada prenuncia quebra do tecido social. Quando os motoristas resolvem despejar sua ira sobre outro motorista que só “relou” acidentalmente em seu carro, querendo fazer cumprir sua própria Lei e partindo para a ignorância, é sinal de que a impunidade reina solta e infiltrou a consciência dos indivíduos.
Quando uma passeata estudantil ultrapassa os limites do que estiver pleiteando, para destruir e roubar lojas de trabalhadores como eu e você, é porque a violência foi banalizada e oficializada como instrumento aceitável de relacionamento interpessoal. O vandalismo reflete o desrespeito às leis instituidas e ao ser humano em geral.
Quando o Ministério da Defesa de um país cai nas mãos de um ex-guerrilheiro e uma Presidenta inventa uma tal de Comissão Da Verdade só para dar vazão ao seu instinto vingativo e punir os que um dia a torturaram, em vez de governar em prol da paz, é sinal de que o tecido social já está mesmo se desintegrando perigosamente rumo a um caminho sem volta.
Quando o crime organizado vence a sociedade desorganizada, é sinal claro e inquestionável de que a corruptela já contaminou os veículos representativos desta mesma sociedade. Olhar para o Brasil, neste momento histórico, é tornar consciente de que o corpo da pátria amada está sendo violentado com a conivência de nossa cegueira coletiva.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

EUROPA EM CHAMAS

A culpa é dos astros que estão se alinhando no momento. Londres, a cidade sempre organizada e policiada, segura e modelo para o mundo, agora é palco das revoltas sociais que acusam e denunciam as injustas medidas governamentais. Cada governo só pensa em cortar os salários do povo e aumentar os rendimentos dos políticos.
Silenciosamente a Europa se prepara para entrar em fervura social. Vários países já alimentaram o fogo com crises econômicas, mas na hora em que faltar o pão nosso de cada dia, via desemprego, a saída mais vislumbrada torna-se uma Nova Ordem Mundial que destrone a Ordem de plantão. A história volta à tona, ódios antigos renascem, grupos pequenos são manipulados políticamente para desestabizar as estruturas existentes. África abandonada, Oriente Médio ressentido, China provocada, América do Sul entregue nas mãos de esquerdistas inescrupulosos, Estados Unidos entrando num pesadelo monetário, planeta Terra incomodado com os desequilíbrios ecológicos.
Todo período de trevas prenuncia a necessidade de um certo Iluminismo, de novas idéias e novas formas de relacionamento entre os povos. Recorrendo à filosofia, às religiões, às teorias sociais ou à experiência dos indivíduos, a psicologia da falta é quem move o mundo rumo à ribanceira, ao abismo ou ao novo horizonte. Sai na frente quem tem maior poder de articular exércitos pensantes e estratégicos. Sai na frente quem se nacionaliza sem perder a visão de que somos todos uma família humana. Sai na frente quem armazena a cultura e respeita o poder da palavra. Ainda bem que o novo posicionamento dos astros nos conduz a um novo posicionamento de idéias. Seja benvindo o NOVO.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

CEIFADEIRA VIGILANTE

Toda vez  que tentamos formar uma comunidade, tudo  se inicia com entusiasmo e união, afinal parece haver muitas coisas em comum e cada um assina o que for preciso, cada um fala mais alto pois quer contribuir com as melhores idéias. Pode ser comunidade religiosa, espiritual, social, ecológica, não importa, todos querem ajudar a dar vida e cara a esta comum unidade.
A mão do tempo vai chegando de mansinho como uma ceifadeira vigilante. Ele sabe que as pessoas foram criadas diferentes, vieram de ambientes diferentes, escreveram estórias distintas e não passaram por nenhum teste de convivência com o diferente. Ele sabe muito bem que cada ser humano é dotado de ego, o qual está treinado a conduzir as decisões pessoais da maioria. O tempo não se engana nunca.
Pouco a pouco surgem os conflitos, críticas e julgamentos, formam-se panelinhas dentro de panelinhas, crescem os interesses pessoais e o orgulho toma frente com palavras distorcidas de quem deseja controlar em vez de liderar. A hierarquia é fonte de combate pois enaltece a distância entre o comando e os comandados. Por falta de referenciais diferentes, tais como a democracia ou o sistema de redes, cada um se comporta de maneira infantil e egoísta, cada um age sem nenhuma generosidade pois está comprometido com os próprios interesses de destaque. A busca pela significância não dorme jamais.
De repente cai o pano da realidade e o que se vê é um grande impasse, digno dos maiores campos de batalha. Mágoas e ofensas tornam-se lugar comum. Retirada inesperada compromete a estrutura. A lei é chamada às pressas para salvar a pele de alguns. Lobos que se vestiram de cordeiros compram um modelinho menor para adornar seus filhos e os colocarem no poder. O que antes era um sonho lindo, moderno, valioso, consciente, agora nada mais é do que uma luta de interesses pessoais. O Ser humano não se emenda nunca. O ego ganhou mais uma vez!!!

sábado, 6 de agosto de 2011

O TRONCO

As folhas se destacam de longe quando se avista uma árvore, mas é o seu tronco quem a sustenta diante das ventanias e tempestades. Os pensamentos e sentimentos são como as folhas, mas é o tronco da fé quem as sustenta diante das adversidades. Por maior que seja a ventania, acreditar num resultado positivo vai sempre neutralizar o temor de um pensamento negativo.
Na empresa, os funcionários a tornam prática e produtiva, mas é o tronco do comando administrativo que pensa o negócio quem vai tomar as decisões mais acertadas para o seu sucesso financeiro. O tronco controla a maior parte da seiva e se comunica tanto com as raízes quanto com os galhos e folhas. O comando empresarial navega os territórios dos subalternos colaboradores e faz o contato eficiente com seus clientes que, as vezes, vão-se feito folhas ao vento.
Na família não se pode menosprezar a importância dos pais no comando de seu rumo como unidade, mesmo sabendo que os filhos deixarão o lar, um dia, para estudar fora ou constituir a própria família, o que faz dos filhos seus frutos. As folhas são os valores que podem ou não ser absorvidos pelos filhos , mas as sementes são os condicionamentos adquiridos sob o peso da emotividade vivenciada no núcleo familiar.
O tronco está em todo lugar, nem sempre tão visível quanto as folhas, mas em contato constante com a origem e sabedor de tudo o que acontece com elas, mantendo em si o poder de soltá-las ao vento do tempo ou carregá-las consigo por toda a eternidade. O tronco é o Filho do Pai Eterno e as folhas somos nós.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

DEVIA TER AMADO MAIS

Enquanto a vida passava eu estava ocupado demais com os meus pensamentos desorganizados, com planos mal feitos, com carências mal atendidas, com contas a pagar, com a vida alheia, com coisas insignificantes e ilusórias ou inúteis. Enquanto a vida passava eu ficava olhando para o meu umbigo, crente de ser o centro do universo, esperando que os outros orbitassem meu egoísmo e me cobrissem de serventia, desejoso de que todos se tornassem os solucionadores de todos os meus problemas pessoais.
Enquanto o sol se punha eu me escondia da vida, assustado com tamanha escuridão da alma, mal sabendo que ela tinha sido substituida pelo poder mental e seus desarranjos conceituais, desprotegido dos ataques psíquicos que tentam nos atingir diariamente pela nossa falta de fé no Altíssimo. Enquanto o sol se punha, aberto e reluzente, majestoso e humilde ao mesmo tempo, eu me confundia verbalmente no trono da arrogância e ordenava raivosamente que se retirassem da minha frente todos aqueles que não me obedecessem, todos aqueles que discordassem de minhas intempéries ou filosofias baratas, todos os que tivessem planos que me excluiam da significância popular.
Enquanto as flores perfumavam o jardim do mundo, eu me distraia com o esterco das ignorâncias maléficas, das palavras invejosas e diminuidoras da dignidade humana, ora agindo como adultos mimados, ora derrubando os cristais da loja para para que percebessem minha apagada existência incompleta. Enquanto as flores perfumavam o mundo, eu espalhava meus odores fétidos de quem escolheu a violência para satisfazer meus desejos mais animalescos e imediatos, sem vida, sem aroma, sem fragrância, sem essência, até que um dia alguém me varresse de seus domínios.
Agora me dou conta de que devia ter vivido mais, ter dito “eu te amo” para todos os que me sorriram, ter cantado a melodia da gratidão em cada amanhecer, ter enviado ao mundo palavras coloridas e saborosas para a delícias de seus ouvidos, ter estendido mais a minha mão para o meu espelho que escondia o que sou na fronte de cada criatura humana, ter respirado com pausas mais duradouras e contemplado o momento presente como um presente dos deuses. Agora me dei conta de que a vida ainda distribui sorrisos infantis para quem for capaz de absorvê-los na hora do jantar, nas ruas preenchidas por pessoas apressadas mas humanas, no céu azulado que esconde o inconsciente coletivo de quem quer ser feliz e se dissolve feito núvens delicadas. Agora me dei conta de que o sol... sabe de mim também.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O FIM DOS TEMPOS

De tempos em tempos surge uma noticia de fim de mundo como sinal de alerta aos povos, sempre que algo de podre prevalece no comportamento da humanidade. Parece uma necessidade interna de renovar os horizontes e reciclar a busca por um mundo melhor.
Em 1910 tudo parecia ruir e acabou gerando a primeira guerra mundial. Ao mesmo tempo haviam seitas pregando o fim do mundo que nunca acabou. Exemplo real foi aquele agrupamento de fiéis que hoje conhecemos como Testemunhas de Jeová.  Jamais a Terra havia chegado tão perto de eliminar seus habitantes, mais nobres, diante da primeira vez que todos eles se atiravam uns contra os outros. Parecia mesmo o fim de tudo.
Depois de algumas décadas, esta mesma podridão gerou a segunda guerra mundial, sob o espectro sinistro da bomba atômica, onde surgiram as potências mundiais para controlar a humanidade e espalhar o medo como forma de governar. Nada mais normal do que apregoar o fim dos tempos logo ali na frente, no ano 2000 talvez. Parecia que a religião seria um instrumento desta certeza, mas quem tomou a frente do medo foi a tecnologia.
Como nada aconteceu, as entidades de plantão, defensoras do domínio global sob a égide do medo, resgataram as teorias catastróficas do povo Maya e a casaram com o Apocalipse bíblico de São João. Qual um filme hollywoodiano, espalharam as possibilidades de um cometa misterioso e imprevisível chocar-se contra a Terra, para retirar o homem de seus domínios sobre todas as criaturas terrenas, tal e qual aconteceu com o fim dos dinosauros, abrindo caminho para o domínio de povos extra terrestres dominarem nosso amado planeta. O ano de 2012 seria o fim dos tempos tal qual o conhecemos.
A Terra tem bilhões de anos de existência e continuará existindo. Há tantos planetas para serem descobertos e identificados quanto há pensamentos para serem elaborados. O Homem ainda nem se deu conta de se perguntar sobre o motivo real de existirem tantos planetas, qual a sua razão de existir como uma bola inóspita e sem vida, como um cemitério de poeira e gases, como um ato inútil de desperdícios. O Homem ainda nem descobriu coletivamente que não é dono do próximo minuto de sua existência.
A questão agora é recorrermos ao início de tudo, ao gênesis de nosso surgimento, se quisermos compreender o que está para acontecer ali no horizonte. Como tudo aconteceu há tanto tempo atrás, torna-se difícil especular nosso destino com uma réstia de certeza. O que não vai acabar nunca é esta nossa necessidade eterna de nos corrigirmos, para resgatar em cada pessoa humana o direito potencial à vida e a consciência de a preservarmos com garra, para que a eternidade permita nossa sobrevivência por mais tempo, reservando-nos um destino diferente daquele que foi reservado aos dinosauros.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O QUE EU NÃO SEI DIZER

O que eu não sei dizer adormece em mim em sono profundo de infância, embalado pela ausência de quem eu mais precisava. O que eu não sei dizer, pediu para se esconder de vergonha debaixo de um papel de seda, amassado pelas mãos do tempo. O que eu não sei dizer, perdeu a voz das entranhas e se perdeu no esôfago das fantasias irrealizáveis.
Há muita coisa para ser dita, mas esta boca, censurada pela frieza de tantos, mal sabe balbuciar meus desejos mais recônditos. Esta língua imobilizada pela pressa dos homens já não consegue devolver o néctar de minhas esperas cansadas. Esta garganta travada camufla os trovões com que eu queria rasgar o céu de meus algozes. Muita coisa para ser dita, ditada e acompanhada no silêncio de uma pausa para alucinar com orgulho. Muita coisa que eu não sei dizer que sei. Muitos lugares internos para quem não veio me buscar na noite solitária.
O que eu não sei dizer de mim procura pelo que você não soube dizer de nós, procura desesperadamente pela forma das palavras claras e precisas, procura pelos movimentos de olhos que perscrutam o infinito gelado e distante de nossas mãos idosas. O que eu não sei dizer de mim se foi com o vento das desistências amargas, posto que fiquei para trás das cortinas do encontro, sem revelar-me que a vida passou, passou, passou, enquanto eu trocava as fronhas do inconsciente no quarto escuro de meus medos.
Ah, o que eu não pude dizer me apagou com borracha, me substituiu com tintas confusas, me rabiscou em impaciência e anulou o verbo de minhas carícias. O que eu não pude dizer saiu pela tangente, mudou de ângulo e de destino e desapareceu nas veias contaminadas de cinza e negro. A palavra não pode me dizer, não pode me roubar a fala, não pode me conceder o benefício dos livros abertos. E eu fiquei só, aqui, enxugando as letras molhadas que não foram usadas, enquanto ainda havia vida em mim.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

O IMPACTO DA FELICIDADE EM SUA VIDA


Ser feliz é um direito de todos. Ser feliz é um processo, onde cada passo nos leva à descoberta de novas descobertas sobre a vida, sobre o que antes parecia mistério, sobre a nossa ilusória identidade, sobre os princípios que regem nossas atividades. Ser feliz é um processo de desaprendizagem.

É possível ser feliz mesmo com tantas pessoas injustas causando o caos ao nosso redor. Ser feliz é possível mesmo despertando a nossa consciência para um nível mais elevado. É possível ser feliz em qualquer idade, cultura ou época. É possível ser feliz apesar de tudo e de todos, pois a felicidade não depende de fatores externos como muitos acreditam. O que nos deturpa vislumbrar esta verdade são as armadilhas da mente, nosso culto à personalidades, nossos relacionamentos co-dependentes, nosso apego à negativdade.

Se você quiser reencontrar a felicidade, ou aprender a trilhar um caminho simples que o conduza diariamente à momentos felizes, existe uma saída. Basta vistar os seus condicionamentos, as suas estórias de vítima sofredora, a casa de suas memórias sobrecarregadas de sentimentos sucateados, pegar uma vassoura e limpar esta poeiras mentais e emocionais, tomar um banho de gratidão e depois respirar a vida com prazer em cada instante.

Se você quiser ajuda para percorrer este caminho com maestria, nós podemos ajudar através de um treinamento de expansão de consciência, seguro e profissional, durante um final de semana, onde você terá um encontro marcado com quem você realmente é.  Será uma oportunidade única de descobrir que você pode ser feliz haja o que houver. É o Treinamento Bioplenitude- O Impacto da felicidade em sua vida.
Ligue para Fátima Souza (035)99812699 em Passos-MG e redescubra como ser feliz.